Reunião para tentar amenizar congestionamentos nas capitais da America Latina

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mais de 50 prefeitos das maiores cidades da América Latina estão reunidos no Rio de Janeiro, discutindo soluções para o trânsito. A previsão é que, em 2030, 2 bilhões de veículos estejam circulando no mundo.

E o repórter Paulo Renato Soares mostra quais são os impactos dos congestionamentos no meio ambiente.

A fumaça que sai dos escapamentos é responsável por 40% da poluição nas duas maiores cidades do país. E mais: o transporte, sozinho, já representa 9% das emissões de gases do efeito estufa.

O grande problema é que são carros demais com pouca gente dentro. Na média, não dá nem duas pessoas em cada veículo.

E nas cidades com até 1 milhão de habitantes, automóveis e motos são o meio de transporte mais usado. Nas grandes metrópoles ficam em segundo. Perdem por pouco para o transporte coletivo.

Segundo o Centro de Transporte Sustentável-Brasil, carros que ocupam uma faixa numa via urbana conseguem levar 1,5 mil pessoas por hora. Ônibus, no mesmo espaço, levam 10 vezes mais: 15 mil passageiros por hora.

Se ainda não há uma alternativa eficiente para diminuir o número de carros nas ruas, no mínimo, é preciso reduzir o impacto ambiental que eles causam. Mas, apesar de o Código Brasileiro de Trânsito determinar a vistoria ambiental desde 1998, hoje, apenas o estado do Rio de Janeiro e a cidade de São Paulo fazem os testes de emissão de poluentes. E mesmo assim só em parte da frota.

Com a ajuda de computadores, técnicos inspecionam os motores par avaliar o nível de poluição. Os reprovados têm 30 dias para resolver o problema e passar por nova vistoria.

A partir do que vem, o Conselho nacional do Meio Ambiente vai começar um processo para que outros estados adotem a vistoria ambiental. Até lá, o motorista também pode ajudar. “Fazendo manutenção preventiva, nós aumentamos a vida útil do motor e deixamos de poluir o meio ambiente e, assim, a nossa saúde agradece”, disse o técnico do Instituto Estadual do Ambiente do Rio, Adilson Penha.

Um pouco sobre a China, Minc, EUA, e o resto do mundo...

CHINA

O governo chinês anunciou nesta quinta-feira (26) meta de redução voluntária entre 40% e 45% na emissão de dióxido de carbono (CO2) por unidade de PIB em 2020, comparando os níveis de 2005, informou a agência de notícias estatal “Xinhua”. Entre 2006 e 2010, a China havia se comprometido a reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 20%.
O novo compromisso, assumido dez dias antes da reunião de Copenhague, supõe que o país dobrará seus esforços no combate às alterações nocivas ao clima. “Esta é uma ação voluntária tomada pelo governo chinês, e constitui uma contribuição fundamental para o esforço global no combate às alterações climáticas”, informa a Xinhua. China e Estados Unidos são os maiores emissores de dióxido de carbono do mundo que ainda resistiam em alterar suas políticas de combate às alterações do clima. Agora, os dois países fazem promessas históricas sobre o tema.

EUA
O presidente norte-americano, Barack Obama, vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), e, segundo o jornal “The New York Times”, citando um funcionário da Casa Branca, fará um discurso aos delegados afirmando que os EUA pretendem reduzir as emissões de gases-estufa em 17% até 2020, na comparação com os níveis vigentes em 2005. A meta constava de projeto de lei aprovado pela Câmara dos Representantes no dia 26 de junho (por 219 votos contra 212). Em debate no Senado, uma emenda alterou a meta para 20%. Entre os dias 7 e 18 de dezembro, representantes de 193 países estarão reunidos em Copenhague (Dinamarca) para tentar chegar a um novo acordo sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa. O novo acordo, se houver, substituirá o Protocolo de Kyoto, que deixa de vigorar em 2013. Líderes de mais de 60 países já tinham confirmado presença no encontro.

MINC
Antes de China e EUA estabelecerem seus objetivos, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, classificou de “desastre” a falta de metas dos dois países para a redução nas emissões de gases do efeito estufa. “O problema é sério. Os dois maiores emissores do mundo dizem que não vão levar número para Copenhague. Isso é um desastre, não vamos minimizar isso. É um desastre, uma frustração”, disse, durante reunião do Conselho Político do governo. O governo brasileiro anunciou uma “meta voluntária” de redução dos gases de efeito estuda entre 36,1% a 38,9% até 2020 em relação ao que poluiria se nada fosse feito para conter as emissões.

PIB
O cálculo das emissões de CO2 para gerar riquezas é o quociente entre o total de toneladas de CO2 emitidas por um país e seu Produto Interno Bruto (PIB). Isso dá uma medida da eficiência energética e ambiental das economias. Quanto mais eficiente for o país, menor o número. Entretanto, analistas creem que a meta anunciada pela China não necessariamente significará uma redução nas emissões. O cálculo chinês é o único a utilizar a mensuração de intensidade de carbono, ou seja, a quantidade de CO2 emitido por cada unidade do produto interno. A China se esforça para tornar as suas fábricas e sua infra-estrutura de energia mais eficientes na utilização de combustível, o que produziria menos gases causadores do efeito estufa. Isso, porém, não significa que os níveis absolutos de carbono seriam reduzidos.

Portal G1, Com informações das agências de notícias EFE, France Presse e Reuters

Poluição Sonora: Justiça determina que empresa reduza barulho de trens no interior de SP

A Justiça Federal determinou que a empresa que administra as ferrovias do estado de São Paulo reduza o barulho dos trens que circulam pelo município de Ourinhos, a 378 quilômetros da capital paulista. Cabe à prefeitura fiscalizar o cumprimento da determinação.
Os trens passam por mais de 40 bairros na cidade e o barulho afeta quase 35 mil moradores. A professora Dulcinéia Aparecida Martins diz conviver com o problema há 30 anos e reclama do barulho. “O barulho é horrível, sempre, às 2h30, 3h, tem maquinista que apita”, relata.
A decisão da Justiça foi dada em resposta a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal que pediu que a circulação de trens na área urbana da cidade fosse proibida das 22h às 8h, de segunda a sábado, e em qualquer horário do domingo. A ação foi movida contra a América Latina Logística, responsável pelo transporte ferroviário no estado.
O prazo dado pela Justiça à América Latina Logística terminou na quinta-feira (19). A empresa diz que ainda está analisando o processo. A Justiça Federal informou que vai esperar a empresa se pronunciar para decidir sobre as punições.

Lula , O Filme.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Foi morna a estréia do filme “Lula, o filho do Brasil”, realizada na noite desta terça-feira no Teatro Nacional em Brasília.

Sem ser aplaudido de pé, mas também sem faltar palmas, o longa metragem foi assistido por uma multidão de convidados, que superlotou o teatro preparado para 1400 pessoas.

Com gente em todas as cadeiras, pelos corredores e em praticamente todos os espaços do Teatro, a sessão de “Lula, o Filho do Brasil” teve seu clímax antes mesmo de seu inicio.

Ao apresentar o longa, o produtor, Luiz Carlos Barreto, pediu que quem não estivesse sentado fosse embora.

Não havia bombeiros nem brigadistas para o caso de um acidente no Teatro, advertiu.

Seu filho, Fábio Barreto, diretor, pediu que uns “30” que estivessem sentados dessem lugar ao elenco, que não tinha onde ficar.

Foram vaiados por parte do público, que gritou não só contra eles, mas também contra a secretaria de Cultura do Distrito Federal e contra a organização do Festival.

Após o incidente, teve inicio o filme.

O longa mostrou um Lula, sempre meio que por acaso, no lugar certo e na hora certa. Com uma mãe, Dona Lindu, mais messiânica que o próprio filho.

Do público, uma risada quando Lula conseguiu botar um pretendente de Dona Marisa para correr na porta da casa dela.

No mais, a história de Lula foi contada sem grandes apelos sentimentais ou cômicos, quase planificada.

Nas palavras do deputado Flávio Dino (PC do B-MA), Barreto pode ter fugido “do bom da história” para evitar críticas sobre um filme eleitoreiro.

Os petistas presentes, como o presidente do partido, Ricardo Berzoini (SP), ou o líder na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), elogiaram a produção.

Mas, repetiram, as vezes com pouca convicção, aquilo que Barreto falou em entrevistas anteriores. Que o filme fala mais de Lindu que de Lula.

Os convidados, após assistirem o filme, deixaram a sala do teatro e aproveitaram o coquetel servido na área externa.

Sem grandes entusiasmos, ninguém, aparentemente, deixou de gostar do filme, mas muitos se perguntavam onde estava o Lula estadista ou o Lula carismático que bateu recordes de popularidade junto ao eleitorado brasileiro.

Mobilização pelo Clima em Salvador




Salvar o Planeta é Agora ou Agora
17 de Novembro de 2009 Olá Na reta final para a convenção de Copenhague, onde serão discutidas as medidas de preservação ambiental para preservação do clima, o Greenpeace precisa, mais do que nunca, de seu apoio para pressionar os governantes do Brasil e do mundo a tomarem medidas eficazes contra o aquecimento global. Participe. Faça a diferença.

Mobilização pelo Clima


Através dos Orelhões itinerantes, o Greenpeace irá incentivar a população a ligar para o gabinete do Lula e pedir que ele faça história. Como? Indo para a Conferência do Clima em Copenhague em dezembro para costurar um acordo global e implementando metas ambiciosas de conservação ambiental no Brasil.
A atividade irá acontecer em diversas cidades do Brasil. De 16 de Novembro a 4 de Dezembro o Orelhão passará pelas seguintes cidades : São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Manaus, Porto Alegre e Belo Horizonte. Para saber os locais e horários, acesse aqui, e clique no nome da cidade.

Você que é mãe, não se preocupa com o futuro de seu filho(a)?

Pois então mostre sua manifestação em defesa do nosso planeta junto com seu filho(a) na galeria “Mães pelo Clima” do Greenpeace.
A ideia é que as mães publiquem fotos suas com seus filhos nesta página e deixem claro para nossos líderes que eles precisam fazer de tudo para evitar uma era de catástrofes climáticas que a humanidade jamais viu. Mas essa página não tem a intenção de ser exclusiva de mulheres com filhos. Na verdade, qualquer mãe pode publicar sua imagem nela. Envie sua foto! Clique aqui.

Seja um colaborador


Para o Greenpeace, que é uma organização sem fins lucrativos, e que sobrevive apenas de doações de pessoas físicas. A contribuição mensal que recebemos de nossos colaboradores é fundamental para que possamos prosseguir nosso trabalho em defesa do meio ambiente. Seja um colaborador do Greenpeace. Como colaborador, você receberá a carteirinha do Greenpeace, nosso adesivo, nossa revista trimestral, além de ter acesso a nossa área exclusiva para colaboradores, Dê um recado inesquecível para os nossos governantes. Contribuindo com apenas R$ 15,00 você ajuda o Greenpeace a estender um Banner gigante de verdade em Brasília, com esta demanda. E seu nome fica gravado no site mostrando que você nos ajudou nisso. Clique aqui e veja como funciona.

Um abraço, Greenpeace (A PAZ VERDE)

Crimes ambientais no PR grampeia políticos e policiais

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ao menos seis pessoas foram presas hoje suspeitas de integrar uma organização criminosa responsável pela extração ilegal de palmitos no Parque Nacional Saint Hilaire e nas áreas de proteção ambiental de Guaraqueçaba e Guaratuba, no Paraná. De acordo com a Polícia Federal (PF), entre os detidos estão o vice-prefeito de Guaratuba e seu pai, ex-prefeito da cidade, um sargento da Força Verde da Polícia Militar (PM), o diretor da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) e o advogado procurador do município.

As investigações da Operação Juçara começaram no início deste ano, quando ocorreu uma prisão em flagrante por extração ilegal de palmito no parque nacional. Participam da ação cerca de cem policiais federais, além de agentes militares e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Fonte: A Tarde

CURITIBA - A Polícia Federal em Paranaguá (Paraná) cumpriu, até a tarde de hoje, 15 dos 19 mandados de prisão expedidos contra acusados de extrair palmito de forma ilegal do Parque Nacional Saint Hilaire e de outras áreas de proteção ambiental de Guaraqueçaba e Guaratuba. Entre os presos estão o ex-prefeito de Guaratuba, José Ananias dos Santos, o procurador-geral do município, Jean Colbert Dias, e o chefe da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), Mordecai Magalhães de Oliveira.

Além deles, também foram presos um sargento da Força Verde, unidade da Polícia Militar para proteção ambiental, e um fiscal do Instituto Ambiental do Paraná, além de proprietários de sítios onde há palmito e funcionários de Santos. Entre os procuradores, estava o vice-prefeito da cidade, José Ananias dos Santos Júnior. Segundo a PF, as investigações começaram no início deste ano, logo após ter sido preso uma pessoa por extração ilegal do palmito juçara, espécie ameaçada. As apurações mostraram que a exploração e revenda ilegais eram sistemáticas.

O delegado-chefe da PF em Paranaguá, Jorge Luís Fayad Nazário, destacou que o esquema era liderado pelo ex-prefeito. Proprietário de uma empresa que vende palmitos legalmente, ele estaria extrapolando ilegalmente o volume de corte e transporte do produto. "Mas dava aparência de legalidade, utilizando várias vezes o mesmo Documento de Autorização de Transporte", disse o delegado. "Parte era legal, mas uma grande parte era ilegal." Alguns produtos eram retirados da área de proteção. O volume ainda está sendo apurado pela polícia, assim como o período em que a atuação ilegal teria começado.

Segundo Nazário, os acusados também exploravam palmitos tanto de sitiantes que estavam autorizados a vender quanto daqueles para os quais não havia autorização. No caso do procurador do município, o delegado acentuou que ele prestava "assessoria jurídica" para o ex-prefeito e também o incitava para que orientasse testemunhas a mudarem o depoimento na PF. "Houve um caso concreto disso", afirmou Nazário. Ainda de acordo com o delegado, o chefe da Ciretran, a pedido do ex-prefeito, que desconfiava estar sendo investigado, forneceu os números de placas reservadas de veículos da PF.

O advogado do chefe da Ciretran, Luiz Otávio Monastier, disse que iria entrar com pedido de relaxamento de prisão na Justiça Federal, e, ao mesmo tempo, preparar um habeas-corpus a ser impetrado no Tribunal Regional Federal em Porto Alegre. Ele adiantou, ainda, que não tinha conhecimento das acusações contra seu cliente. "Vou fazer um requerimento ao delegado da Polícia Federal para ter acesso ao inquérito, se não conseguir vou recorrer à Justiça", disse. Os advogados dos outros acusados não foram encontrados.

Fonte: Estadão

Dano causado por apagão elétrico deve ser reparado.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Com o apagão desta madrugada (11), que atingiu pelo menos nove estados do país, muitos consumidores podem ter sofrido danos materiais e não materiais em consequência da interrupção do fornecimento de energia elétrica. Como o problema, ainda sem causas definidas, atingiu consumidores de diversos estados, a orientação é que eles dirijam suas reivindicações às concessionárias que servem sua região. Pela resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nº 360, de 14 de abril de 2009, os consumidores têm prazo de até 90 dias corridos para encaminhar queixa à concessionária, em caso de dano em aparelhos elétricos - mas o CDC (Código de Defesa do Consumidor) diz que o consumidor pode buscar reparação por danos causados em até cinco anos. Por sua vez, a distribuidora terá 10 dias corridos (contados da data do pedido de ressarcimento) para a inspeção e vistoria do aparelho - quando o equipamento danificado for utilizado para conservar alimentos perecíveis ou medicamentos, o prazo para inspeção e vistoria é de um dia útil. A empresa terá, então, 15 dias corridos para informar se o pedido será aceito. Em caso positivo, os consumidores poderão ser ressarcidos em dinheiro, conserto ou substituição do equipamento danificado. O prazo para o ressarcimento do consumidor é de 20 dias corridos a partir da data da resposta da empresa. Se a solicitação de ressarcimento não for aceita, a empresa deverá apresentar com detalhes as razões da negativa e informar ao consumidor o direito de apelar à agência reguladora estadual conveniada ou à própria Aneel. A distribuidora só poderá eximir-se da responsabilidade do ressarcimento se comprovar o uso incorreto do equipamento; defeitos gerados por instalações internas da unidade consumidora; a inexistência de relação entre o estrago do aparelho e a provável causa alegada; ou ainda, se o consumidor providenciar, por sua conta e risco, a reparação do equipamento antes do término do prazo para a inspeção - segundo o CDC, essa previsão da resolução é ilegal. O uso de transformadores pelo consumidor, por exemplo, entre o aparelho danificado e a rede, não pode justificar qualquer recusa da concessionária em reparar o dano. A reclamação do consumidor pode ser feita por qualquer canal disponível da concessionária (carta, telefone, internet, e-mail). Se optar por carta, envie-a com aviso de recebimento (A.R.) ou leve-a pessoalmente e exija um protocolo de recebimento. Em caso de reclamação por telefone, é importante o usuário guardar número de protocolo da reclamação que, desde o decreto nº 6.523/2008 - que regulamenta os Serviços de Atendimento ao Consumidor das empresas de energia elétrica, entre outras - é de fornecimento obrigatório. Ainda segundo o decreto, o usuário tem também direito a obter a gravação do atendimento, caso precise usá-la como prova. Para danos não materiais, o CDC ampara o consumidor, que deve pleitear a reparação também junto à concessionária e, caso não seja atendido, deve buscar o Procon ou órgão similar de sua localidade.

Fonte: IDEC

Governo usa até reunião de metas de emissões para promover Rousseff

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Medidas contra emissões devem contemplar três setores da economia.
Proposta faz parte do plano do governo debatido nesta terça-feira.

O governo decidiu nesta terça-feira (3) que só divulgará o plano brasileiro de redução da emissão de CO2 no próximo dia 14. Havia a expectativa de que as medidas, que devem reduzir a meta de emissão de CO2 projetada para 2020 em até 40% nos próximos anos, fossem divulgadas hoje. A estratégia brasileira, que será exposta em dezembro na reunião de mudanças climáticas em Copenhague, na Dinamarca, prevê ações de redução do desmatamento na Amazônia e incentivos para mudanças nos setores de siderurgia, agropecuária e energia.

A preparação da proposta brasileira foi debatida em uma reunião nesta terça-feira (3) da qual participaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro das Relações Exteriores, chanceler Celso Amorim, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, entre outros integrantes do governo.

O Planalto mantém sigilo sobre as metas que deverão ser adotadas. Na saída da reunião, no entanto, o ministro do Meio Ambiente fez uma análise das metas relacionadas ao desmatamento na Amazônia. “Só a redução do desmatamento na Amazônia já nos garante uma redução de emissões de 20% em relação à trajetória prevista para 2020”, disse Minc.

Já o ministro das Relações Exteriores, acompanhando o raciocínio de Minc, reforçou a importância de buscar o restante da meta: “Faltam os outros 20%.”

Até agora, o governo já decidiu que se comprometerá com os outros países na reunião de Copenhague a reduzir o desmatamento na Amazônia em 80% até 2020, considerando uma média de desmatamento entre 1996 e 2005. “Além dos 80%, vamos tomar medidas na agropecuária, na área de energia, na siderurgia e em metas de redução de desmatamento em outros biomas”, disse Dilma. “O Brasil está disposto a fazer o maior esforço possível para que essa reunião seja bem sucedida”, complementou a ministra.

Mudança nos setores

Segundo Minc, a agropecuária poderá contribuir bastante para redução de emissões de CO2 e fará isso com ganhos de produtividade. “Desses outros temas levantados pela ministra Dilma, eu destacaria o esforço significativo que a agricultura brasileira pode fazer, representando um ganho de produtividade. Isso significa manejo a agricultura e pecuária integrada, plantio direto, recuperação de áreas degradadas da agricultura”, explicou.

Na siderurgia, o objetivo é que nos próximos oito anos as indústrias plantem toda a madeira usada para colocar carvão vegetal nos fornos. “O Brasil tem uma grande vantagem comparativa. Hoje, metade do carvão vegetal usado pela indústria ela planta e a outra metade corta mata nativa, o que é duplo prejuízo, porque emitimos e destruímos a diversidade. O MDIC [Ministério do Desenvolvimento] avançou dados sobre isso e está sendo objeto de ampla negociação e o objetivo é que em oito anos ela plante todo carvão que utiliza. O Brasil pode ter um aço verde”, disse Minc.

Para isso, o governo planeja ter mecanismos de incentivo para que os processos produtivos no campo e nas áreas de energia e siderurgia ocorram.

Financiamento

O governo brasileiro também reclama do pequeno esforço que os países desenvolvidos estão fazendo para redução das emissões de CO2 e na disponibilização de recursos para combater os efeitos das mudanças climáticas.

“Só isso [a redução do desmatamento na Amazônia] vai significar redução de mais de 580 milhões de toneladas ao ano de emissões. Isso é mais que a contribuição de vários países ricos. Se os Estados Unidos passarem a lei deles tudo que eles vão reduzir é apenas esse compromisso brasileiro que o presidente Lula já anunciou”, argumentou Minc.

Segundo Amorim, o Brasil considera a estimativa do Banco Mundial, de que serão necessários US$ 400 bilhões até 2020 para combater os efeitos das mudanças climáticas, “adequada”. Até agora, os países ricos têm se disposto a contribuir com US$ 100 bilhões para a tarefa.

Metas

Segundo Dilma, o governo pode não apresentar todas as suas metas no dia 14. Isso vai depender de estudos técnicos. “Pode ser que no dia 14 nós não vamos apresentar o número diretamente, nós vamos apresentar as medidas. Até porque, os números tem que ser credíveis”, disse.

A ministra salientou ainda que os estudos do governo levam em conta cenários de crescimento anual de 4%, 5% e 6%. “Em todos os cenários, nós pudemos perceber que há como atingir as metas.”


Custo do metrô de apenas 6 km ultrapassa R$ 450 milhões

domingo, 1 de novembro de 2009

Dez anos após ter sido assinado o contrato para a construção do metrô de Salvador, R$ 525,2 milhões foram gastos pela prefeitura e os trens que fariam o trajeto de 6km ligando Estação da Lapa ao Acesso Norte ainda não estão nos trilhos. O governo do Estado, parceiro no projeto, já pagou R$ 880 mil de aluguel para alojar num galpão do Parque Industrial CIA-Sul os seis trens e 24 vagões adquiridos entre novembro de 2008 e janeiro deste ano por US$ 50 milhões.

O aluguel mensal, segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), é de R$ 80 mil. De acordo com a Secretaria Municipal de Transporte e Infraestrutura (Setin), já foram gastos R$ 459 milhões com os primeiros seis quilômetros.

Em 1999, a previsão de término para a 1ª etapa, com 12 km ligando a Estação da Lapa à Estação Pirajá, era para 2003. Em 2005, houve a diminuição do trecho para seis quilômetros. Ao todo, sete prazos de conclusão foram prometidos e um deles se esgotou no último sábado, 31 de outubro.

No entanto, uma nova previsão foi anunciada pela prefeitura: o trecho Estação da Lapa/Acesso Norte deverá ficar pronto em meados de 2010 e entregue no final do mesmo ano.

“A conclusão das obras de engenharia civil está prevista para o final de 2009 e a instalação de equipamentos, energização do sistema, comissionamento dos trens, fase de teste e pré-operação, até o final do primeiro semestre de 2010. A operação comercial será no segundo semestre”, informa por email a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transporte e Infraestrutura (Setin).

Para atender esse prazo, a prefeitura e o Consórcio Metrosal – responsável pelas obras – terão que justificar até dezembro um sobrepreço do valor original de R$ 110 milhões, apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) durante fiscalização realizada em junho e julho deste ano. Precisarão explicar ainda o superfaturamento no valor de
R$ 2,9 milhões em um aditivo do contrato com o Consórcio Metrosal. Fora isso, o TCU apontou também irregularidades na contratação de serviços de ventilação e exaustão na ordem de R$ 2,8 milhões.

Conforme o TCU, a justificativa do sobrepreço precisa ser feita em planilhas onde os preços unitários da obra estejam descritos, para que sejam comparados com os preços do mercado. Enquanto isso não for feito, a CTS está proibida de liberar a verba destinada ao metrô para o Consórcio Metrosal e não terá o repasse federal de R$ 425 milhões para a conclusão do segundo trecho do metrô, que liga o Acesso Norte à Estação Pirajá.

A deputada federal Lídice da Matta se reuniu em setembro com o relator do metrô no TCU, ministro Augusto Scherman. Segundo ela, a prefeitura informou não ter condições de realizar um levantamento detalhado por não dispor de condições técnicas. “O contrato, a princípio, parecia mais liberal e pensou-se que não teria esse nivel de cobrança. Esse é o grande impasse”, declara a deputada. “Ou a prefeitura toma um empréstimo bancário que cubra o sobrepreço ou o TCU faz retenção”, acrescenta.

Barrichello é muito, muito ruim velho....

O alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, ganhou o GP Abu Dhabi, neste domingo, 1º, e rouba vice-liderança de Rubens Barrichello, Brawn. Vettel nem deu chances para o brasileiro na disputa pelo segundo lugar no campeonato da Fórmula 1. O alemão ficou com a liderança da corrida logo no início após o abandono de Lewis Hamilton.
Barrichello terminou em quarto, a mesmo posição que largou na corrida.
Já o campeão de 2009, Jeson Button, que largou em quinto, terminou a corrida em terceiro após uma disputa emocionante com Mark Webber na última volta do GP. Por pouco, Button não ultrapassou o australiano, mostrando arrojo.
Com o resultado da última prova, Button terminou o campeonato em primeiro, liderança garantida no GP do Brasil, com 95 pontos, Vettel em segundo com 84 e Barrichello em terceiro com 77. O quarto lugar no campeonato ficou com Webber, companheiro de Vettel na Red Bul.
Resulmindo tudo, Barrichello é pior do que aquela tartaruga da lenda que ganha (de mentira) a corrida pro coelho.