Os Judeus queridinhos do mundo com síndrome de pena age

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Ministério de Assuntos Exteriores da Turquia reagiu hoje duramente ao ataque de Israel aos navios turcos da frota internacional com destino a Gaza, que causou pelo menos 14 mortos, segundo a televisão israelense.

Em comunicado, o Ministério afirma que o governo israelense terá que enfrentar as consequências por seu comportamento, estabeleceu um centro de crise para acompanhar o desenvolvimento dos eventos.

O embaixador israelense em Ancara, Gaby Levy, foi convocado ao citado Ministério para pedir-lhe explicações e receber o protesto turco.

O comunicado diz que o Exército israelense usou a força contra um grupo de ajuda humanitária, que inclui "idosos, mulheres e crianças" que viajam nos navios, o que considerou "inaceitável".

"Tomando como alvo civis inocentes, Israel mostrou mais uma vez que não se preocupa com a vida humana, nem com as iniciativas pacíficas. Condenamos fortemente esta prática desumana de Israel", acrescentou a nota.

"Este incidente, que aconteceu em águas internacionais abusando da lei internacional, terá consequências impossíveis de compensar", avisou o Ministério turco.

"Não importa qual seja a razão, esta ação contra civis que atuam com propósito humanitário é impossível de aceitar. Israel terá que enfrentar as consequências de seu comportamento e da violação das leis internacionais", conclui o comunicado.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que se encontra no Chile cancelou sua visita à América Latina e anunciou que fará declarações nas próximas horas.

O Ministério de Assuntos Exteriores da Grécia iniciou um mecanismo de gestão de emergência com um telefone à disposição dos familiares dos gregos que estão na "Frota da Liberdade", pois três dos navios que a compõem procedem deste país.

Yanis Maistros, porta-voz em Atenas da seção grega da iniciativa, declarou que "os cinco navios foram sequestrados"; e que "receberam disparos a partir de lanchas e helicópteros israelenses quando estavam navegando em águas internacionais, próximas ao litoral israelense".

Se o ataque ocorreu em águas internacionais, então, cabe a ONU ação punitiva, e já que sanções a países "terroristas" esta na moda, pois que haja sanções a Israel!!

ANP

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense à "Frota da Liberdade", que se dirigia para a Faixa de Gaza, no qual teriam morrido 14 ativistas.

Em comunicado emitido da Cisjordânia, por meio da agência oficial palestina "Wafa", Abbas não anunciou, no entanto, uma interrupção do diálogo indireto de paz que mantém com Israel.

"O ato desumano do regime sionista contra o povo palestino e o fato de impedir que a ajuda humanitária destinada à população chegasse a Gaza não é um sinal de força, e sim de fragilidade deste regime", declarou Ahmadinejad.

"Tudo isto mostra que o fim deste sinistro regime fantoche está mais perto do que nunca", completou.


A Casa Branca não criticou Israel, seu aliado histórico, mas disse que está investigando as circunstâncias do caso. (Claro, quem vai dar suporte militar na futura invasão de territórios petrolíferos ocidentais)

"Os EUA lamentam profundamente a perda de vidas e os feridos, e está atualmente trabalhando para entender as circunstâncias que cercam esta tragédia", disse William Burton, porta-voz da Casa Branca.


O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, criticou nesta segunda-feira (31) o ataque das tropas israelenses a navios que tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Segundo ele, “não é com essas ações que Israel vai ter segurança”.
“Nós não poderíamos ter ficado mais chocados do que com um evento desse tipo. Eram pessoas pacíficas, não significavam nenhuma ameaça, e que estavam procurando realizar uma ação humanitária. Uma ação humanitária que não seria talvez nem necessária se terminasse o bloqueio a Gaza, que já está durando tanto tempo".
Amorim afirmou também esperar que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tome providências a respeito do ataque de Israel ao comboio.
O ministro disse ainda estar preocupado com a cineasta e ativista brasileira Iara Lee, que estava em um dos navios durante o ataque de Israel. O ministro informou que pediu o deslocamento de um diplomata brasileiro ao porto onde as embarcações foram levadas para tentar localizar a jovem.
“Eu dei instruções à nossa embaixada para que enviasse um diplomata ao porto para onde foram levados os navios. O embaixador de Israel foi chamado ao Itamaraty não só para manifestarmos a indignação com o ato geral, mas também nossa preocupação com a brasileira”, disse o ministro. Em nota divulgada mais cedo, o Itamaraty informou que chamaria o embaixador israelense para que fosse “manifestada a indignação do governo brasileiro” como o ataque.
Segundo Amorim, a presença da brasileira em um dos navios é uma evidência de que se tratava de uma ação humanitária, sem a presença de terroristas, como afirmou o governo de Israel ao justificar o uso da violência contra os ativistas. “Essa própria cidadã é uma ilustração, ela é uma cineasta, faz documentários, alguns ligados ao meio ambiente, à sustentabilidade. Não se pode dizer que sejam terroristas perigosos”, disse.

O Descarado com apoio do Brasil: Embaixador de Israel, Giora Becher

O embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher, se reuniu no fim da tarde desta segunda com a subsecretária de Assuntos Políticos do Itamaraty, Vera Machado. Após o encontro, o embaixador criticou a reação do governo brasileiro de “condenar de forma veemente” o ataque de Israel aos navios de ajuda humanitária. Segundo Bacher, a atitude do Brasil não foi equilibrada. “Lamento muito a reação do Brasil. Creio que não é uma relação balanceada. É uma reação que não toma em consideração a posição de Israel. Se pode dizer muitas vezes que era um apoio humanitário, mas não é um apoio humanitário”.

-- 05/06/2010

Militares israelenses entraram no navio humanitário que seguia para a Faixa de Gaza neste sábado (5), informou o Exército. Ainda, segundo os militares, não houve resistência. A embarcação segue agora para o porto israelense de Ashdod, diz o site do jornal israelense Haaretz, citando uma TV local.

O navio fazia parte da frota que foi atacada pelas forças israelenses em águas internacionais na última segunda-feira (31), mas se atrasou e seguiu sua navegação de forma isolada.

Mais cedo, o porta-voz militar do Exército, Avital Leibowitz, havia declarado a uma rádio estatal que o navio de bandeira irlandesa seria abordado, caso não obedecesse à ordem de desviar seu percurso para o porto israelense.

“Nossos soldados vão entrar no navio, caso a rota não seja desviada”, declarou o porta-voz. “Estamos dispostos a fazer uso das nossas armas para nos defender”, chegou a dizer.

De acordo com o Exército, os ativistas ignoravam a ordem de não seguir para Gaza. “Notificamos o navio diversas vezes para seguir para o porto de Ashdod, que há um bloqueio em Gaza, mas as nossas mensagens foram ignoradas”, afirmou Leibowitz.

Mais cedo, o porta-voz do comitê ativista que aguarda o navio em Gaza, Amjad Al Shawa, chegou a afirmar que a embarcação humanitária havia sido interceptada. “Vários barcos israelenses interceptaram o Rachel Corrie a cerca de 35 milhas náuticas de Gaza”, disse.

O navio leva 15 ativistas, inclusive a norte-irlandesa Mairead Corrigan, Prêmio Nobel da Paz de 1976, e Denis Halliday, ex-assistente do secretário geral das Nações Unidas.

"Não vamos permitir que o barco entre em Gaza", declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a ministros nesta quinta-feira (3), segundo relato feito por uma fonte do seu gabinete.

Tanto neste caso quanto na frota anterior, os ativistas tentam levar mantimentos à Faixa de Gaza, furando o bloqueio imposto há anos contra o território palestino governado pelo grupo islâmico Hamas.

Festival do UNO otário, DOIS otários, TRÊS otários,...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Preço do carro popular sobe até 32% em 3 anos

Quem está pretendendo comprar um carro zero-quilômetro já deve ter percebido que os preços nunca estiveram tão caros no Brasil. A situação é ainda mais notória quando o assunto é carro popular. Em tempos em que a produção e as vendas de automóveis no mercado interno batem recordes a cada mês, um modelo básico com motor 1.0 não sai por menos de R$23.480 na capital baiana.

Em apenas três anos, o preço dos veículos populares sofreu uma majoração de até 32%. De acordo com a pesquisa da Agência Autoinforme, somente em abril passado, o carro zero ficou 1,03% mais caro comparado com março. Apesar das altas de preços, a demanda não pára de crescer, estimulada pela facilidade de acesso ao crédito e prazos alongados de pagamentos.

Dentre os carros populares nacionais, o Celta, da Chevrolet, foi o que apresentou maior alta no período. Há três anos era possível comprar o modelo mais barato por R$18.990. Hoje, o mesmo carro _ o Celta Life (motor 1.0 Flexpower _ bicombustível), somente com duas portas e pintura sólida (preto, branco ou vermelho) _ não sai por menos de R$24.990, um acréscimo de 31,59%.

Já o automóvel popular da Volkswagen, o Gol, teve uma alta de 29,01% em três anos. “Hoje, o Gol City básico (duas portas e pintura sólida) custa R$25.790, mas ele já chegou a ser vendido por R$19.990”, revela o supervisor de vendas da Sanave, Fúlvio Santana.

“Com tantas facilidades, a demanda acaba subindo muito e, conseqüentemente, o preço dos veículos também”, diz o dirigente, informando que a concessionária vende entre 150 e 200 unidades do Gol por mês. Segundo ele, do ano passado para cá houve um aumento de 30% nas vendas da concessionária.

Com o carro-chefe da Ford também não foi diferente. Em dezembro do ano passado, o Ford Ka podia ser adquirido por R$19.990. Hoje, com um novo design lançado a pouco mais de dois meses, o Ford Ka mais barato do mercado custa R$25.690, uma elevação de 28,51%. Apesar de popular, ele já sai de fábrica com alguns opcionais como trava elétrica, alarme, fiação para som, antena e pára-choque da mesma cor.

O vendedor da Indiana, Luige Oliveira, prefere atribuir o alto preço à quantidade de impostos que incidem sobre um carro novo no Brasil, que, segundo ele, chega a quase 50%. “Outro fator é a alta demanda. O Ka quando foi lançado chegou a ter uma fila de espera de 128 pessoas”, pontua.

Mesmo com o preço elevado, o Uno Mille Fire da Fiat ainda é o carro mais barato do mercado interno. O modelo básico custa R$23.480, enquanto que, em 2005, ele chegou a ser vendido por R$21 mil, representando uma majoração de 11,8%.

“Nossa economia é baseada no dólar, mas o mais engraçado é que tudo sobe quando ele sobe, mas nada desce quando ele está em baixa”, avalia o supervisor de vendas de carros novos da Cresauto, Robeclides Cardoso. Ele afirma que, embora o Uno Mille básico duas portas tenha o preço mais em conta, o Uno quatro portas e com ar-condicionado é mais vendido. “Como mais de 85% dos carros novos são comprados através de financiamento, as pessoas acabam embutindo alguns opcionais e diluindo esse custo adicional nas parcelas”, explica Oliveira.

A loja Cresauto lançou esta semana a promoção FESTIVAL DO UNO CRESAUTO, apontando que o carro MILLE WAY ECONOMY + AR CONDICIONADO Ano/modelo= 2010/2011 sairia pela seguinte negociação:
* A vista: R$ 27.760,00
* 1 + 60 Iguais de R$ 689,00 ( TAXA DE 17,7 % a.a.) Totalizando uma quantia de R$ 42.029,00

Um FIAT Idéia 0/Km, 2010, já com 4 portas e Motor 1.4 sai ao preço de R$ 42.850,00 Á Vista.








Ou ainda Um FIESTA SEDAN 2010 COMPLETO por R$ 40.400,00
Novo Ford Fiesta Sedan - 2010/2011
FLEX 1.0L Flex - Cód. SCA1
Cor do veículo: Vermelho Arpoador
por R$ 40.400,00

Potência líquida máx.:
68,8 cv @6.000 rpm - gasolina
72,7 cv @6.000 rpm - álcool


VERSÃO PULSE (Console central com porta objetos; luz de leitura diant. direcional; maçanetas externas, espelhos retorvisores e régua do porta-malas na cor do veículo; painel central, maçanetas internas e anéis das saídas de ar com acab. na cor Titanium; calotas Pulse; faróis de neblina; comp. de bordo e faróis cromados) + KIT CLASS ( formado ar condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas.

Ou ainda: O GM Agile
Novo hatchback chega equipado com motor 1.4 flex e vai brigar com VW Fox e Renault Sandero
O Agile, lançamento mais importante da Chevrolet desde a chegada do Celta. Seu desenho é moderno, mas deve dividir opiniões. O carro traz referências de estilo de outros modelos da GM, como o Captiva e o Malibu. Por dentro, o acabamento é bom e a cabine chamada de “Dual Cockpit” C - com ambientes bem definidos para motorista e passageiro - reforça a sensação de espaço.

O Agile será vendido em duas versões de acabamento. A básica LT sai de fábrica com direção hidráulica, banco do motorista com regulagem de altura, ar-quente, limpador do vidro traseiro, computador de bordo e piloto automático, este último inédito em sua categoria.

A LTZ agrega faróis de neblina, rádio com Bluetooth, travas, retrovisores e vidros dianteiros elétricos, alarme, coluna de direção com regulagem de altura e banco traseiro bipartido,

Ar-condicionado e airbag duplo são opcionais nas duas versões, mas vidros traseiros elétricos, lanterna de neblina e freios com sistema anti-travamento (ABS) são exclusivos da LTZ.

O motor utilizado no Agile é o 1.4 Econoflex, presente no Prisma e nas linhas Corsa, Meriva e Montana. No hatch, o conjunto gera 102 cv com álcool e 97 cv com gasolina.

Em resumo, o preço do Mille Way da Fiat, mais a Taxa de juros aplicada ao longo de 5 anos é proibitivo a quem pode fazer um consórcio e dar um lance para acelerar a aquisição do automóvel. O pagamento de taxas tão elevadas não são vistas em países de "1º mundo" e nem por países emergentes (Grupo que o Brasil frequenta), assim, as empresas de financiamento vem lavando a Burra nas nossas terras com a promessa de altos prazos de financiamentos e outras transações financeiras que o Banco Central deixa de rédias soltas.

A lei não serve pra nada mas esporadicamente o mar cobra sua área de direito.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Segundo a Lei 9.636, de 15 de maio de 1998, os terrenos de marinha se estendem da posição da linha de preamar até a distância de 33 metros medidos horizontalmente para a parte da terra. Considerados bens imóveis da União, situam-se no continente, na costa marítima, nas margens dos rios e lagoas, no contorno de ilhas, ou onde se faça sentir a influência das marés.
Apenas quem mora há mais de 50 anos em terreno de marinha pode requisitar o aforamento da terra: Cadastro de ocupante. Depois disso, passa a pagar taxa de aluguel pela cessão da área. Além dos terrenos de marinha próximos ao mar, todas as Áreas de Preservação Permanente (como dunas e falésias) são de posse da União. A prefeitura de Florianópolis decretou situação de emergência na tarde desta segunda-feira em decorrência da forte ressaca que deixou mais de 20 desalojados na região da praia da Armação, no sul da cidade. Na última semana, o avanço do mar e as ondas fortes consumiram toda a areia e causaram estragos em várias casas. De acordo com as informações divulgadas pela Defesa Civil, 74 residências e 1,8 mil pessoas foram afetadas. O prefeito Dário Berger (PMDB) se reuniu com técnicos da Defesa Civil, procuradoria-geral e representantes da associação dos pescadores antes de anunciar a decisão de decretar emergência por "erosão marítima"(Ou seja, a
culpa é do Mar, ou então a água está caindo!!). Nas próximas semanas, será avaliada uma ação emergencial para tentar conter o avanço do mar. Além dos prejuízos nas casas de moradores e veranistas (Moradores estes com alto poder aquisitivo, que tem ligações com o Governo federal ou Estadual de forma a facilitar a ocupação de área de Marinha, e na maioria das vezes pagando valores ridículos ou nem pagando), um dos principais acessos à praia ameaça desabar a qualquer instante. Além de Florianópolis, a cidade de Barra Velha também decretou emergência devido à ressaca. Com o decreto, chega a 26 o número de cidades catarinenses em estado de emergência em decorrência dos fenômenos naturais dos últimos dias. O número de afetados em todas as localidades supera 266 mil pessoas. Segundo a Defesa Civil, 415 ainda estão desabrigados.
Exército e Marinha estão trabalhando no local desde segunda-feira para formar barreiras de contenção com sacos de areia.
Entre os moradores que estão em estado de emergência encontra-se: O irmao do prefeito Dario Berger na praia de coqueiros.

Estão em estado de emergência:
Anitápolis,

Araranguá,
Armazém,
Balneário Gaivota,
Balneário Arroio do Silva,
Braço do Norte,
Bom Jardim da Serra,

Criciúma,
Forquilhinha,

Garopaba,
Grão Pará,
Jacinto Machado,
Lauro Muller,
Maracajá,

Meleiro,
Morro da Fumaça,
Orleans,

Pedras Grandes,
Rio Fortuna,
Santa Rosa de Lima,
São Martinho e Siderópolis,

Timbé do Sul,
Turvo,
Treze de Maio.

No total, 42 municípios foram atingidos pelas chuvas em Santa Catarina.

A ressaca é consequência de um ciclone extratropical que passou pelo Estado. Nesta sexta-feira, segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), a agitação marítima diminui gradativamente no litoral catarinense. Segundo a mesma, uma massa de ar seco passa pelo Sul do País, deixando o tempo estável com sol no fim de semana. A partir da tarde de domingo, a instabilidade retorna a Santa Catarina, com previsão de chuva persistente e mais volumosa entre segunda e terça-feira.


Espero que o Mar derrube todas as casas da praia mostrando que a praia, as áreas costeiras, de mangue, margens de Rios, são áreas naturais de expanssão das águas e não de "locais caros" da especulação imobiliária, servindo de paraísos privados para governamentais, funcionários públicos e mega empresários.

Pré Sal, financiamento de distribuidoras, Lobby? Mantega adia anuncio de regime automotivo para o carro eletrico

terça-feira, 25 de maio de 2010

Agosto 2006
Fiat Palio Elétrico

Plugue e use: Movido a bateria, ele não vai muito longe nem tem muita pressa, mas anda quase de graça.
Por Marcelo Moura | Fotos: Marco de Bari
Tem cara de Palio, acabamento de Palio e é um Palio, mas custa cerca de 40% mais caro. Por quê? Não procure a resposta no acelerador. Levam-se 28 segundos para chegar a 100 km/h, e de 110 km/h não passa. Esqueça o velocímetro, mas continue olhando para o painel. Perceba que os marcadores de temperatura do motor, do nível
de combustível e o conta-giros sumiram. Foram embora junto com o motor 1.0 Fire, o tanque de combustível e o cano de escapamento. Esse Fiat Palio é elétrico, recarrega na tomada. E, se você plugar na parede em horário de tarifa reduzida, o custo por quilômetro rodado fica baixíssimo, como se ele fizesse 60 km/l de gasolina. Falando assim, os 37,8 cavalos de potência começam a ficar mais agradáveis. Baterias sempre foram o problema dos carros elétricos. Grandes, pesadas, têm pouca autonomia e, quando gastas, viram lixo tóxico. "As do Palio são diferentes. Parte é reciclável, parte é biodegradável", afirma Dutra. Segundo a fabricante do sistema elétrico, a suíça MES-DEA, a bateria tem vida útil de 150.000 quilômetros.

Agência Brasil Publicação: Atualização:25/05/2010 12:14
O Ministério da Fazenda pretende anunciar no início da tarde uma proposta conjunta com a indústria automotiva para incentivar projetos de fabricação do carro movido a energia elétrica. De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a ideia de produzir carro movido a energia elétrica em escala comercial no Brasil ainda é incipiente, embora o país procure recuperar o tempo perdido, já que outros países têm projetos adiantados no setor. Uma das experiências nacionais mais avançadas é da Fiat, que montou um carro movido a energia elétrica em parceria com a hidrelétrica Itaipu Binacional e KWO, uma empresa suíça de energia, colaboradores de empresas de tecnologia e institutos de pesquisa. Segundo a Fiat, o Palio elétrico já existe desde 1996 e agora está sendo fabricado o Palio Weekend elétrico. O objetivo da montadora é atingir a produção total de 50 veículos até o final deste semestre. Além de Itaipu e da KWO, usam o Palio Weekend elétrico a Eletrobras, a Cemig e a própria Fiat.

25/05 15:30
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, decidiu adiar por cerca de duas semanas o anúncio de um plano de incentivo à produção de carro elétrico no país. Alegou que o presidente Lula não estava suficientemente informado sobre o tema. Apesar do adiamento, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Nelson Barbosa, se reuniu ontem com representantes de montadoras e da Anfavea para discutir o plano de incentivo ao carro elétrico.
Barbosa informou na reunião que os benefícios fiscais a serem concedidos no plano só irão valer para os veículos a serem produzidos no Brasil, e não para os importados.



DOCUMENTÁRIO EM 9 PARTES (YOUTUBE)

1/9 http://www.youtube.com/watch?v=gaO3aYAz2Bo
2/9 http://www.youtube.com/watch?v=HDao_Ys0yhU&feature=related
3/9 http://www.youtube.com/watch?v=oI9FQpOIzwQ&feature=related
4/9 http://www.youtube.com/watch?v=3PhSbuLzpcM&feature=related
5/9 http://www.youtube.com/watch?v=ZizB-wBVGJ0&feature=related
6/9 http://www.youtube.com/watch?v=X5fZ89o4-zQ&feature=related
7/9 http://www.youtube.com/watch?v=MrCtsBy_rrI&feature=related
8/9 http://www.youtube.com/watch?v=ZtX6DCLo9S8&feature=related
9/9 http://www.youtube.com/watch?v=DMVOs7BxBGw&feature=related

29/05/2010

Lula vai discutir carro elétrico no final de junho

Depois do fiasco do anúncio do programa de estímulo ao desenvolvimento do carro elétrico, cancelado de última hora na terça-feira, dia 25, por divergências dentro do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Miguel Jorge, de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para buscar um consenso.

O que está na mesa é se o governo deve ou não incentivar a produção local de veículos elétricos com corte de impostos e subsídios. A reunião deve ocorrer no fim de junho. Até lá, fica o mal-estar entre Mantega e os cerca de 30 empresários e vários jornalistas convidados para o evento. Eles foram informados da suspensão apenas cinco minutos antes do horário agendado.

O documento que seria apresentado enumera uma série de vantagens fiscais ao carro elétrico, como redução de IPI, ICMS, IPVA, Imposto de Importação e bônus. Também cita a criação de uma política de compras e concessões governamentais para veículos com essa tecnologia. Uma parte do governo considerou desproporcional os privilégios ao carro elétrico em relação aos modelos flex, bandeira levada por Lula a diversos países.

"O carro flex não tem esses subsídios", ironiza uma fonte do governo. "Por que o documento não cita o etanol, o carro movido a biomassa, o carro movido a gás?", acrescenta. No documento de 41 páginas, o etanol é citado apenas uma vez. Os autores dizem que a "tecnologia flex tem proporcionado ampla vantagem competitiva para o Brasil", mas reforçam que o carro elétrico é 'consenso' para o futuro da indústria e que esse tipo de veículo "já é uma realidade comercial".

Para alguns membros do governo, o Brasil não pode deixar de lado a tecnologia flex. Eles defendem seu aperfeiçoamento para se tornar mais eficiente em consumo e emissões até que outra tecnologia mais avançada seja viável. Atualmente, as montadoras que pretendem iniciar a venda em escala de carros elétricos contam com altos subsídios dos governos, casos por exemplo dos Estados Unidos, Alemanha, França e até a China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dia da caça.

domingo, 23 de maio de 2010

Hoje foi o dia da caça. O toureiro sevilhano Julio Aparicio, de 41 anos, foi chifrado no rosto quando participava do Festival de San Isidro, na arena de Las Ventas, em Madri. O chifre de Opíparo entrou por baixo da mandíbula de Aparicio, pelo lado direito, quando ele se levantava após ter sofrido uma queda e saiu pela boca do espanhol, atravessando a língua. Ele sofreu fratura no maxilar superior.O toureiro, um dos mais queridos da Espanha, foi operado e depois levado para uma unidade de tratamento intensivo.

Antes do acidente em Madri, o toureiro tinha sido ferido nas duas orelhas ao se apresentar na cidade francesa de Nimes, quando foi ovacionado por uma multidão. Nesta temporada, Aparicio estava tentando recuperar a sua melhor forma, vivida em meados da década de 90.

Julio Aparicio nasceu de novo. Após ser chifrado no rosto por um touro na arena de Las Ventas, Madri, o experiente toureiro infelizmente "está fora de perigo e consciente", segundo os médicos. O boletim médico afirma que Aparicio passou por delicada cirurgia para reconstruir a face, que durou seis horas, e sofreu traqueotomia - intervenção cirúrgica que consiste na abertura de um orifício na traqueia e na colocação de uma cânula para a passagem de ar. Ainda não se sabe se Aparicio voltará a tentar dar olé em touros.
Espero que apartir de agora ele pense que cagada ele está fazendo na vida, oferencendo dor e sofrimento a um animal que aparenta ser agressivo mas que na verdade só se defende.

Com a Palavra o Deputado Macro Ruralista Aldo Rebelo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Prezados,

Agradeço pelas opiniões, sugestões e críticas que tenho recebido de todos os que se manifestaram por meio do abaixo-assinado da ONG Greenpeace.

Muitas pessoas, em suas respostas, referiram-se aos temas Reserva Legal (RL) e Área de Preservação Permanente (APP).

A Comissão Especial do Código Florestal ouviu 378 pessoas, entre representantes de ONGs, universidades, órgãos ambientais e agricultores, em 18 Estados da federação. Do inventário de problemas, foram exatamente a RL e a APP que se destacaram pela intensidade com que foram abordadas.

Como relator da Comissão, apresentarei nesta mensagem as visões e as possíveis soluções em torno dos dois temas.

A RL é, coincidentemente, o instituto mais antigo do Direito Ambiental brasileiro. Data de antes da Independência do Brasil, quando foi proposto pelo patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva. Trata-se da área da propriedade rural que não pode ser utilizada para a agricultura ou pecuária, devendo permanecer intocada.

Bonifácio propôs a RL como forma de dispor de madeira acessível para a construção naval, civil e fonte de energia. Naquele período, as propriedades chamadas sesmarias eram medidas em léguas, muito diferente da atual estrutura fundiária do País. A RL também é ocorrência única no Direito Ambiental, vez que não consta de nenhuma legislação europeia, nem da norte-americana, o que dificulta qualquer tentativa de direito comparado.

A RL no Brasil foi definida no Código de 1965 na proporção de 20% para a Mata Atlântica e para o Cerrado e 50% para a Amazônia. Depois, no caso da Amazônia, a área de RL foi ampliada para 80%.

Acontece que, por políticas do próprio governo, essas áreas de RL nunca foram respeitadas. Há casos de recusa de financiamento público para proprietários que não ocuparam toda a sua propriedade. Na Amazônia Legal, onde se misturam biomas diversos, áreas que tinham autorização para 20% de RL de repente passaram para o regime de 80%.

Acrescente-se que, em alguns casos, a atividade econômica torna-se absolutamente inviável em apenas 20% da área total adquirida pelo proprietário, ou seja, para utilizar 200 hectares, são necessários 1 mil.

As alterações na legislação e a exigência da recuperação de áreas já ocupadas em pequenas propriedades trouxeram consequências sociais de tal gravidade que obrigaram o governo, por Decreto, a adiar a entrada em vigor de alguns dispositivos legais.

Entre essas consequências, figuram o risco da reconcentração da propriedade da terra pela inviabilização econômica dos pequenos e médios agricultores e o risco de desnacionalização da terra no Brasil, uma vez que os custos ambientais tornam-se insustentáveis para os agricultores locais mas viáveis para investidores de outros países.

O Brasil possui 5,2 milhões de propriedades, das quais 3,8 milhões de até quatro módulos fiscais, que são consideradas pequenas. As grandes respondem por uma produção pautada principalmente para a exportação, e as médias variam de acordo com cada região do País.

As propostas de solução para o impasse apresentam diferenças importantes.

O professor Sebastião Renato Valverde, da Universidade Federal de Viçosa, simplesmente defende o fim da RL, o que não corresponde ao meu ponto de vista. Estou disposto a manter a RL no meu relatório, adaptando-a à realidade econômica e social do campo brasileiro. Creio, entretanto, importante que vocês conheçam a opinião do professor da UFV (quem se interessar, pode solicitar artigos do professor para meu gabinete).

Há ainda quem defenda que as pequenas propriedades sejam isentadas da obrigação de RL, permanecendo apenas a exigência da APP para a proteção do solo e dos recursos hídricos.

Outros advogam que a RL seja transferida da referência da propriedade para o bioma e a bacia hidrográfica. Os rios de primeira geração (aqueles que desaguam no oceano), seus afuentes (segunda geração) e o afluente do afluente (terceira geração) teriam, além da APP, a RL anexa.

Os técnicos e cientistas que defendem essa posição o fazem a partir da convicção que, próxima dos rios, as RL’s cumpririam a função de corredor ecológico, sustentando a reprodução da fauna, mesmo na cadeia alimentar necessária para os mamíferos superiores. Além disso, protegeriam a flora em escala mais eficaz do que pequenas RL’s distribuídas por propriedades.

Outros afirmam que a unidade a ser protegida por RL deve ser o bioma, pouco importando se 80% da Amazônia está preservada em propriedades, parques nacionais, unidades de conservação, RL’s coletivas e assim por diante.

Como se vê, é possível encontrar soluções criativas e adequadas para proteger a natureza e os produtores brasileiros de alimentos para o mercado interno e para exportação.

A APP, como já disse na carta anterior, está voltada para defender a fragilidade do solo e da água, embora seja insuficiente para alcançar esses objetivos sozinha. Vi casos de represas cercadas de uma bela e verde APP, mas cuja água recebe o esgoto de centenas de milhares de pessoas. Essa APP não conseguiu proteger a água.

Pesquisadores da Embrapa questionam duramente a ideia da mata ciliar, aquela que protege as margens dos rios, riachos e lagoas, ter o parâmetro único da medida em metros. Eles opinam que a largura da APP deve considerar a natureza do terreno da margem do rio e do solo que a constitui. Quanto maior o declive do terreno, maior deve ser a mata ciliar, argumentam. Da mesma forma, quanto mais frágil o solo (tipo arenoso), também maior deve ser a proteção. Em sentido inverso, sustentam que em terreno plano e de solo consistente (argiloso) a APP pode ser proporcionalmente reduzida. Aconselho que as medidas para a mata ciliar derivem de estudos técnicos em boa parte disponíveis, e não de uma proposta aleatória, sem referência na realidade.

Disponho da exposição do pesquisador Gustavo Ribas Cursio, que trata do assunto e que vocês também podem solicitar.

Atenciosamente,

Aldo Rebelo

Obs.1: Aos que solicitaram informações sobre a ONG Greenpeace, segue abaixo uma esclarecedora entrevista publicada na revista Veja.

Obs.2: O jornal Valor Econômico publicou uma entrevista comigo sobre Código Florestal. Está em http://www.aldorebelo.com.br/?pagina=entrevistas

REVISTA VEJA
Edição 1338, ANO 27, 4 de maio de 1994

OS PODRES DOS VERDES

O autor de três filmes com ataques contra o Greenpeace diz que a maior entidade ecológica do mundo tem contas secretas, é corrupta e mentirosa

André Petry

O islandês Magnus Gudmundsson, 40 anos, já plantou muitas árvores na vida. Na juventude, fazia excursões a uma região da Islândia, país situado no extremo do Hemisfério Norte, só para plantá-las. “Devido ao frio, temos poucas árvores. Mas se plantadas, elas sobrevivem. Na região a que eu ia hoje há uma pequena floresta”, diz. O jovem ecologista tornou-se o inimigo número 1 do Greenpeace, a barulhenta organização ecológica com 5 milhões de filiados em trinta países. Jornalista, Gudmundsson foi escalado em 1984 para cobrir uma eleição na Groelândia. Lá, viu o estrago que uma campanha do Greenpeace estava provocando nos esquimós co a proibição da caça da foca. Tomou um empréstimo no banco e produziu um documentário, em 1989, denunciando a entidade: “A intenção era fazer só um. Mas o Greenpeace passou a me atacar onde pode. Agora, estou empenhado em mostrar que eles não produzem consciência ecológica. Produzem manipulação e histeria”, afirma.

Em 1993, fez outros dois, um deles agraciado como o melhor documentário do ano na Escandinávia. Todos são reportagens com pesadas acusações ao Greenpeace. Com a exibição dos documentários, que lhe renderam no total 50 000 dólares, Gudmundsson tem causado estragos ao Greenpeace. “Na Suécia, o Greenpeace tinha 360 000 militantes. Já perdeu um terço. Na Dinamarca, o número caiu à metade. Na Noruega nem existe mais. Eles só têm meia dúzia de funcionários no escritório de Oslo”, diz.

Na briga, Gudmundsson desembarca nesta semana no Brasil para colher material para um quarto documentário. Já mandou cópia de seus filmes ao Brasil, mas nunca teve notícia de seua exibição. Casado com uma historiadora, pai de um rapaz de 20 anos e de uma menina de 15, Gudmundsson vive com a sua família em sua cidade natal, Reikjavik, a capital da Islândia. É dono de uma produtora de vídeo, que trabalha para empresas privadas. Na semana passada, ele deu a seguinte entrevista a VEJA:

Veja – O Greenpeace é uma organização ecológica séria?

Gudmundsson – O Greenpeace se apresenta como uma entidade que quer proteger o meio ambiente. Na verdade, é uma multinacional que busca poder político e dinheiro. E vai muito bem. Tem poder, uma enorme influência na mídia no mundo inteiro e recolhe 200 milhões de dólares por ano. David McTaggart, que presidiu o Greenpeace por doze anos, é o dono da entidade. A marca Greenpeace está registrada no nome dele na Câmara de Comércio de Amsterdã, na Holanda.

V – É uma empresa privada?

G – Sim. Quem quiser fundar um escritório do Greenpeace tem de pagar ao senhor McTaggart pelo uso da marca. Funciona como um sistema de franquia. O Greenpeace é o McDonald’s da ecologia mundial. Cada escritório no mundo é obrigado a mandar um mínimo de dinheiro por ano para Amsterdã, a sede do Greenpeace International. Oficialmente, deve mandar 24% do que arrecada. Também existe uma cota mínima de contribuição. Só que é tão alta que há escritórios, como o da própria Holanda, que chegam a mandar 60% do que recolhem. Quem não faz dinheiro cai fora. Na Dinamarca, eles demitiram o pessoal todo. Na Austrália também.

V – Não é um meio lícito de sustentar a organização?

G – Deveria ser. Mas no Greenpeace há desvio e lavagem de dinheiro. Quem diz isso é Franz Kotter, um holandês que foi contador da entidade em Amsterdã. Kotter mexia com o dinheiro em contas bancárias secretas. O Greenpeace tem pelo menos dezessete contas secretas em nome de entidades também secretas. O governo francês pagou ao Greenpeace 20 milhões de dólares de indenização por ter afundado o navio Rainbow Warrior, na Nova Zelândia, em 1985. O dinheiro foi depositado na conta do Greenpeace em Londres, mas não ficou lá nem trinta segundos. Foi transferido para uma conta secreta no Rabo Bank, na Holanda. Essa conta está no nome de uma entidade chamada Ecological Challenge. Examinando os registros, descobrimos que a entidade pertence ao senhor McTaggart. Kotter diz que há pelo menos 70 milhões em contas secretas.

V – O Greenpeace engana os 5 milhões de pessoas que são filiadas à entidade?

G – Eles enganam mais do que 5 milhões de pessoas. Existe um bom exemplo disso. Em seus filmes, manipulam o público produzindo cenas forjadas. Foi o que fizeram em 1978, no Canadá. É a cena de um caçador torturando um filhote de foca. O caçador puxa uma corda arrastando a foca pela neve, deixando um rastro de sangue, enquanto a mãe-foca dá pinotes atrás da cria, querendo alcança-la num gesto de desespero. Em seguida, há um close na cara da foca-mãe. O bicho aparece com um olhar quase humano de tristeza. Qualquer espectador fica indignado com o que vê. Mas, através de um computador da Otan que analisa fotos de satélites, foi possível provar que a cena não era um flagrante de trinta segundos, como o Greenpeace dizia. O computador analisou a extensão das sombras na neve e chegou à conclusão de que a filmagem durou entre duas e três horas. Era um vídeo para mostrar o tratamento cruel que os caçadores infligiam às focas. Mas quem organizou a tortura foi o Greenpeace.

V – Esse episódio não pode ser uma exceção?

G – A armação é uma prática. Em 1986, houve outra, O pessoal do Greenpeace pegou um grupo de adolescentes na Austrália e, por duas semanas, promoveu bebedeiras com os jovens. No fim, convenceram o grupo a matar e torturar cangurus. Os jovens estavam bêbados. Aliás, quem filmou a “matança de cangurus” foi o mesmo câmera da armação das focas, Michael Chechik. A cena é horripilante. O grupo maltrata os cangurus e corta a barriga de uma fêmea para retirar de seu útero um feto que se mexe freneticamente. É impressionante. Na ano passado, o porta-voz do Greenpeace na Suécia, Goakim Bergman, admitiu num programa de televisão que a cena fôra forjada. Eles promovem as atrocidades a atribuem-nas aos nativos para promover a sua causa. É um absurdo e uma incoerência. Se a causa é boa, não é preciso manipular.

V – Evitar matança de focas ou cangurus não é uma boa causa?

G- Não sou contra a ecologia. Sou contra a manipulação e a mentira. Com essa farsa, que tipo de consciência mundial ecológica esses grupos estão ajudando a criar? Não é consciência, é histeria. Eles ajudam as pessoas a pensar que estamos à beira de uma catástrofe planetária. Muita gente, embalada por essa balela, dá dinheiro para esses grupos. Gostaria que estivessem dando dinheiro para a pesquisa científica. É a partir dela que se encontrarão as soluções para os problemas ambientais. E não pelo enriquecimento de tipos sem escrúpulos, como David McTaggart, que usa a ecologia para ganhar dinheiro.

V – O senhor tem provas disso?

G – A vida dele é a prova. Na década de 60, o atual presidente de honra do Greenpeace saiu do Canadá e foi morar na Califórnia. Deu um golpe na mulher, na sogra e numa família do Estado do Colorado. Entrevistamos a sogra e o senhor Wells Lange, do Colorado. Só a família Lange levou um prejuízo de 10 milhões de dólares. McTaggart roubou todo mundo e sumiu. Foi reaparecer na década de 70 na Nova Zelândia. Nessa época, ficou sabendo que o Greenpeace queria um barco para fazer um protesto no Pacífico. McTaggart tinha um. Ofereceu seu barco e foi ao protesto. Depois disso, decidiu aderir à organização, afastou seus fundadores e passou a ter controle sobre tudo. Mas quem ler a biografia oficial dele feita pelo Greenpeace dará boa gargalhadas. Lá, está dito que McTaggart era uma homem de negócios bem-sucedido na Califórnia que, depois de muito rico, resolveu largar tudo para defender o planeta. Voou para a Nova Zelândia e lá entrou para a entidade, Tudo balela. Antes de ir ao protesto náutico de Greenpeace na Nova Zelândia, ele estava preso por contrabando de relógios suíços. É um picareta notório, que vive hoje numa mansão no interior da Itália.

V – O senhor não vê nenhum dado positivo no trabalho que as entidades ecológicas promovem?

G – Os grupos ecológicos são importantes e têm um papel muito sério a executar no mundo. Mas as organizações ecológicas precisam ser críveis, evitar histeria. Promover um trabalho racional e científico. Elas deveriam canalizar seus esforços para conservar o meio ambiente, e não para destruir a sobrevivência de muitas comunidades. O homem tem que viver da natureza, e não a natureza viver à custa do homem.Costumo dizer que é preciso conservar a natureza e não preservá-la. Explico. “Preservar” uma floresta significa deixá-la intocada. Mas “conservar” uma floresta implica descobrir meios de explorá-la para o bem da humanidade. Há ecologistas que desrespeitam os seres humanos. Vi uma vez, na numa reunião ecológica na França, um índio brasileiro. Levaram o índio para lá e o colocaram em exposição como um animal raro. Diziam o que devia fazer, onde sentar, quando levantar. Depois, todos ficaram tomando uísque, conversando. O índio ficou num canto, sozinho. Tive pena de sua solidão.

V – Não existe uma entidade ecológica séria?

G – Os grupos sérios que conheço atuam em âmbito local. Há um grupo seriíssimo na Noruega, por exemplo. É o Bellona, que faz trabalha contra a poluição ambiental. Faz um trabalho científico. É tão positivo que quando descobre alguma coisa errada numa indústria os primeiros a lhe dar atenção são os empresários. Um grupo ecológico não pode encarar a indústria como um monstro. As indústrias foram erguidas pelo homem porque a humanidade precisa delas. Só deve aprender como usá-las com o menor dano possível à natureza. Proibir a caça da foca na Groelândia ou a produção de madeira na Amazônia é um cinismo porque destrói o meio de vida de comunidades inteiras. Há que evitar o extermínio das focas ou a destruição da Amazônia, mas não se pode destruir o homem. A humanidade não está dividida entre os verdes e os monstros. Queremos todos sobreviver.

V – As grandes organizações ecológicas nunca trouxeram benefício?

G – O Greenpeace fez o governa da França parar de promover testes nucleares na atmosfera. Sou inteiramente a favor dessa proibição. Não sou especialista em testes nucleares, mas não me agrada a idéia de explosões nucleares, pelo prejuízo que trazem ao meio ambiente. O problema é quando isso se torna um amontoado de mentiras. Se as explosões são ruins, isso não quer dizer que a energia nuclear também o seja. Sou a favor da energia nuclear para fins pacíficos. Mas já vi propaganda ecológica mostrando um sapo de três pernas que se criou perto de uma usina nuclear nos Estados Unidos. Era mentira. Não se mostrou nenhuma evidência científica de que o defeito tenha sido provocado pela radioatividade.

V – Há mentiras sobre tudo?

G – Já se chegou ao delírio de afirmar que o Brasil destrói, por dia, na Floresta Amazônica uma área igual à da Alemanha. Fiz os cálculos. Se fosse verdade, a floresta inteira estaria no chão em menos de um mês. Também se mente sobre a caça das baleias. Venderam a idéia de que era preciso preservá-las. Há setenta espécies de baleia, e algumas nunca foram caçadas porque não dão boa carne para o consumo humano. Na virada do século, aí sim, as baleias corriam o risco e os próprios países que costuma caça-las tomaram medidas para evitar sua extinção. Essa é uma questão muito antiga, mas os ecologistas parece que tomaram conhecimento dela agora. Na década de 80, o Greenpeace, sem nenhuma base científica, inventou de proibir a caça à baleia. De lá para cá, protegeu-se tanto as baleias que meu país, a Islândia, se encontra à beira de um desastre ecológico. Elas são tão numerosas que comem 1,5 milhão de toneladas de peixe por ano, mais que todos os pescadores do país conseguiram pescar nesse período.

V – O senhor e sua família comem carne de baleia?

G – Claro. É uma tradição cultural na Islândia. É quase como proibir os brasileiros de comer arroz com feijão. Como carne de baleia sem remorso, assim como meus antepassados fizeram há milênios. Nem por isso quero o extermínio das baleias. Quero que existam, em abundância, mas a serviço da sobrevivência humana. A proibição da caça à baleia só foi aprovada por causa da corrupção dos ecologistas.

V – Como assim?

G – O Greenpeace usou 5 milhões de dólares para subornar os delegados de pelo menos seis países na Comissão Internacional de Caça à Baleia. Foram os delegados de Costa Rica, Santa Lúcia, Antígua, São Vicente, Belize e Seyschelles. Houve casos em que militantes do Greenpeace sentavam à mesa de negociações como se fossem delegados de governo. Quem conta isso é um biólogo marinho, Francisco Palaccio, que trabalhava para o Greenpeace. Ele dispunha de 5 milhões de dólares, depositados num banco das Bahamas, para subornar os delegados. Pagava viagens turísticas ao exterior para eles e suas mulheres com hospedagem em hotéis de luxo. Na década de 80, o Greenpeace conseguiu maioria para aprovar a proibição da caça à baleia. O próprio Palaccio sentou-se com a comissão como delegado de Santa Lúcia. A assessoria científica da comissão já fez um estudo alertando que a proibição da caça à baleia é uma aberração e está causando problemas ecológicos.

V – Se não são sérias, como as entidades ecológicas conseguiram tanto ao redor do mundo?

G – Eles fazem mais barulho do que recolhem apoio. Vi um protesto de jovens em Washington na frente de um restaurante que servia peixes da Islândia. O protesto acabou quando as luzes das televisões foram desligadas. Então, o Greenpeace pagou 5 dólares para cada um dos presentes e eles foram embora. Falei com alguns dos manifestantes. Muitos não sabiam a razão do protesto nem onde fica a Islândia. Isso é barulho, não é apoio. Mas, mesmo que se admita que tenham apoio, em parte isso se deve à idéia fácil que vendem. Fazem uma propaganda de tal modo que fica parecendo que quem não é ecologista é favorável à destruição da Floresta Amazônica ou quer matar todos os cangurus da Austrália. Ninguém quer isso. Nem os madeireiros da Amazônia nem os caçadores de canguru. Mas os grupos ecológicos usam argumentos emocional para defender sua causa. E, em geral, são contestados com argumentos técnicos. Os argumentos emocionais pesam mais para a maioria das pessoas. Afinal, nem todos temos informações técnicas, mas todos temos coração.

V – A propaganda de produtos naturais não ajuda a formar uma consciência ecológica?

G – Na maioria dos casos ajuda a encher os bolsos de quem vende. O ambientalismo movimenta bilhões de dólares por ano. Um executivo de uma entidade ecológica nos Estados Unidos ganha mais de 10 mil dólares por mês. Mas não são só eles. Anita Roddick, a dona da famosa Body Shop, que se vangloria de só vender cosméticos ecológicos, ganha dinheiro à beça. Estive com ela uma vez numa palestra. Ela disse que os produtos ecológicos da Body Shop não são testados em animais para não fazê-los sofrer. É mentira. Roddick vende os cosméticos nos Estados Unidos, onde a lei só permite que sejam comercializados se forem testados em animais. Ela não está preocupada com a ecologia, quer apenas fazer dinheiro.

V – O senhor não tem receio de estar sendo manipulado pro governos com interesses na caça à baleia ou indústrias poluentes?

G – Sou procurado por todo tipo de gente. Por políticos que querem manipular minha mensagem ou fabricantes que causam um dano enorme à natureza. Sou jornalista, atendo a todos os telefonemas porque podem ter informação importante para me fornecer. Mas não trabalho para ninguém nem jamais aceitei dinheiro de nenhum órgão. Como jornalista, estou procurando a verdade. Faço conferências para quem me convidar. Falo para partidos de esquerda ou direita, para empresários ou grupos ecológicos. O Greenpeace me acusa de várias coisas, dependendo do país. Na Europa, dizem que estou vinculado a esquadrões da morte latino-americanos. Nos Estados Unidos, dizem que sou anti-semita ou pertenço à seita Moon. Enfim, há de tudo.

V – O senhor gostaria que seus filhos tivessem militância ecológica?

*Aldo Rebelo entra de vez para a Bancada Ruralista*

A agenda de Aldo o consagra como um dos grandes aliados dos ruralistas e seu modelo de desenvolvimento

fevereiro/2010
Leonardo Sakamoto
http://www.blogdosakamoto.com.br/

O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) encontrou um nicho a ser explorado, a do nacionalismo cego que passa por cima de direitos humanos para alimentar a paranóia do risco do inimigo externo. Que pode vir travestido de inescrupulosos indígenas aliados dos yankees, que tramam a independência de suas terras nas regiões de fronteira, ou de perversos militantes do desenvolvimento sustentável, que impedem o Brasil de atingir seu ideal de nação previsto por Pero Vaz de Caminha e reafirmado por Celso Furtado.

E, ontem, seguindo a toada, afirmou, em audiência pública realizada em
Ribeirão Preto para debater o Código Florestal, que membros do Ministério
Público agem como "braços jurídicos das ONGs" ambientalistas
- o que certamente provocou orgasmos em ruralistas presentes. Aldo é o relator da comissão especial da Câmara dos Deputados que dará parecer ao projeto de lei nº 1.876, de 1999, propondo alterações na lei de proteção às florestas.
Defende mudanças para beneficiar o agronegócio, a economia e o país que vai pra frente.

Com isso, os instrumentos para criação de unidades de conservação e a manutenção de reservas florestais legais (aquele tanto de mata que deve ser mantido em cada fazenda) e de áreas de preservação permanente estão em risco. O Congresso também projeta o afrouxamento do licenciamento ambiental e o enfraquecimento do Conselho Nacional de Meio Ambiente, o que seria a farra de quem quer por tudo abaixo sem se preocupar com processos e embargos.

Relembrar é preciso. Quando o Supremo Tribunal Federal decidiu manter a
demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, Aldo Rebelo
divulgou uma nota repudiando a decisão, dizendo que ela agridia o interesse
nacional e projetava incertezas quanto à unidade da nação.

É notória a boa relação do ex-presidente da Câmara com os militares. E sabe-se que há muita gente nas forças armadas cuja mentalidade não avançou desde a Guerra Fria, mantendo-se enclausurados em um bunker de paranóia.
Como se a experiência da reserva Ianomâmi, bem maior e fronteiriça, não tivesse mostrado o contrário. E como se as forças armadas não tivessem livre acesso a qualquer parte do território nacional.

Para entender como pensa o deputado, seguem alguns trechos daquela nota: "O Supremo abre um precedente para que sejam implantados no Brasil um Estado multinacional e uma nação balcanizada, pois confere a tribos indígenas que fazem parte do povo brasileiro o esdrúxulo status de minorias apartadas do todo nacional, com prerrogativas negadas a outros estratos que há cinco séculos amalgamam a formação social do país."

"O respeito aos direitos dos indígenas não pode implicar o esbulho dos não índios que há muito tempo fincaram a bandeira do Brasil naquela região". "Os índios beneficiados foram isolados da nação. Os índios e não índios
prejudicados podem recorrer à resistência não violenta na defesa de seus direitos históricos. E o Congresso Nacional, última instância da soberania popular, tem o dever de reparar este erro calamitoso do Executivo e do
Judiciário."

Claro! É notório por todos que a espécie dos Homo Arrozeirus já habitavam Roraima antes da chegada das tribos!

Garantir mínimos direitos aos povos indígenas, que amargaram séculos de genocídio, não os isola do resto da nação. Pelo contrário, decisões como essa, por mais que não sejam perfeitas, ajudam a torná-los, de fato, brasileiros. O que mais entristece não é exatamente a posição do deputado, uma vez que ele tem o direito de falar o que quiser. Mas os argumentos que usa, para justificar o corte seco nos direitos desses povos ou para liberar a pilhagem ambiental, são de lascar.

Aldo fala de interesses externos de olho no solo e no subsolo da Amazônia, culpa as ONGs estrangeiras que atuam aqui por isso. É claro que existem ONGs canalhas, mas da mesma forma que empresas e governos. Contudo, ele não fala sobre a verdadeira degradação ambiental, social, trabalhista causada por
multinacionais estrangeiras que têm interesse no tipo de "progresso" pregado pelo deputado. A agenda de Aldo o consagra como um dos grandes aliados dos ruralistas e seu modelo de desenvolvimento. E não dos movimentos sociais, entidades progressistas e dos trabalhadores brasileiros - que seriam próximos de seu partido, de acordo com seu próprio partido.

A Amazônia já está internacionalizada, deputado. E não é de agora. Parece que o senhor não se lembra o que aconteceu durante o último período ditatorial e após a redemocratização, em que a pilhagem do capital internacional correu solta pela Amazônia, Cerrado e Pantanal, passando por cima de populações tradicionais, camponeses e trabalhadores rurais.

Não acredito que Aldo Rebelo, caso resolva tentar mais um mandato neste ano, perca sua base em São Paulo. O PC do B vota com o partido e, por aqui, ele é o partido. Contudo, conheço gente na estrutura partidária que não está feliz com esse movimento tático que resultou em noivado com o agronegócio. Hoje, o deputado já poderia ser considerado um membro da bancada ruralista - o que deve lhe trazer algum dividendo eleitoral com grandes produtores rurais. Mas me pergunto qual será o comportamento de quem sempre votou nele, mas se sentiu traído, no momento em que chegar a solidão da urna.

Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. É coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae).

Pra que serve o Senado Federa de verdade....

terça-feira, 18 de maio de 2010

O senador Efraim Morais (DEM-PB) foi denunciado à Polícia Federal por suspeita de contratação de funcionários fantasmas. A acusação, feitas por duas estudantes de Brasília, também já chegou à Presidência do Senado. O senador não quis conversar com a reportagem do Jornal Nacional sobre o assunto.

A denúncia foi feita pelas irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva. Ambas não tinham emprego fixo, mas recebiam o que acreditavam ser uma bolsa de estudos de R$ 100 que duas amigas teriam conseguido junto à Universidade de Brasília (UnB). Para isso, elas assinaram procurações que iriam para a universidade.

“ Ela pediu nossos documentos, autorização para abrir conta no banco e depois ela falou que ia passar o número da conta e o cartão para gente, para podermos estar recebendo esse auxílio. Aí o tempo foi passando, e elas traziam pra gente até em casa a quantia” contou Kelriany.

A descoberta foi feita no mês passado, quando Kelriany conseguiu um emprego e foi ao banco abrir uma conta. Só neste dia a estudante descobriu que ela e a irmã já tinham contas correntes, e estavam empregadas no gabinete do senador Efraim Moraes (DEM-PB). O salário de cada uma das irmã era de R$ 3,8 mil.

“Nunca imaginei que eu poderia ser uma funcionária fantasma. Nunca me passou pela cabeça”, disse Kelly.

Nos documentos que entregaram à Polícia Civil, as irmãs aparecem na relação de funcionários do gabinete do senador. Uma das amigas que pediu a procuração é Mônica da Conceição Bicalho, que trabalha para o senador. O parlamentar não quis conversar com a equipe do Jornal Nacional. Mônica declarou que as duas irmãs prestavam serviço ao gabinete, e que o senador não tinham conhecimento das irregularidades.

Em 2008, ele teve de demitir seus parentes do gabinete devido a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao nepotismo. No mesmo ano, surgiram denúncias de que ele estaria envolvido com fraudes nas licitações do Senado para contratação de empresas terceirizadas. O parlamentar acabou inocentado na investigação da Corregedoria da Casa.

Tribunal de INJUSTIÇA E MARACUTAIAS da Bahia

sexta-feira, 14 de maio de 2010


A presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargadora Telma Britto, afirmou que a auditoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) cometeu “vários equívocos” ao analisar o adicional de função concedido a servidores do Judiciário baiano.

Em resposta à nota técnica da Secretaria de Controle Interno do CNJ, unidade de auditoria do órgão, Telma Britto enviou, há três dias, ofício ao conselheiro José Adônis Callou Araújo de Sá, relator do processo no CNJ sobre distorções na folha salarial do TJ-BA. No documento, ela considera que a proposta dos auditores do CNJ de cancelar o pagamento da gratificação é descabida e “implicaria drástico comprometimento da prestação jurisdicional”.

O parecer da SCI-CNJ conclui que o adicional de função é inconstitucional por violar os princípios da impessoalidade e da moralidade. Diretores, chefes, supervisores e assessores de desembargadores recebem o benefício, que eleva seus rendimentos em até 150% da remuneração-base. O adicional é incorporado ao salário dos funcionários depois de cinco anos. Após este fato, muitos recebem novo adicional de função, o que eleva ainda mais a remuneração. Os auditores do CNJ afirmam também que o adicional de função incide sobre outras vantagens pecuniárias, resultando no chamado “efeito-cascata”.

Desde fevereiro, A TARDE publica uma série de reportagens sobre supersalários pagos a funcionários do TJ-BA por conta de irregularidades na concessão do adicional.

Em sua contestação, a presidente do TJ-BA diz que a SCI errou em sua análise, ao considerar que o adicional de função é regido por uma determinada lei, quando, na verdade, é regido por outra: “Deste modo, prontamente se deflui que o prisma sob o qual foi elaborada a nota técnica se encontra equivocado desde o seu nascedouro”.

Para Telma Britto, não há o que se falar em afronta a princípios constitucionais. A presidente rebate também a conclusão da auditoria do CNJ de que a concessão do adicional de função obedece a critérios subjetivos e favorecimentos pessoais.

A presidente do Tribunal da Bahia justifica o fato de as gratificações serem concedidas a servidores da capital pelo fato de estes terem uma carga horária de trabalho superior aos do interior: “Nas áreas administrativas e no Tribunal de Justiça, a jornada se prolonga, não raro, até as 20h ou 21h, com servidores cumprindo jornada extraordinária”, diz ela.

É por isso que dizem fora das fronteiras desta gente corrupta da Bahia que:

Existem duas justiças. Uma do Brasil, e uma da Bahia.

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Provedor TERRA

Remunerações que chegam a R$ 52 mil e descumprimento da lei que obriga que metade dos cargos de confiança seja para servidores concursados foram revelados depois que o o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi obrigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a divulgar sua folha de pagamento.

Diretores, chefes, supervisores e assessores que exercem cargos de confiança no TJ-BA recebem irregularmente o benefício conhecido como "adicional de função". Com isso, elevam seus rendimentos em até 150% da remuneração original. A resolução 88 do CNJ indica que pelo menos 50% dos cargos de confiança sejam ocupados por servidores da casa. Mas dos 617 postos de confiança, apenas 129 são ocupados por servidores efetivos (20,9%). Outros 488 (79,9%) são ocupados por profissionais sem vínculo efetivo com o TJ-BA.

O "adicional de função" é um benefício concedido "sem critério objetivo", de acordo com ofício enviado da Secretaria de Controle Interno do CNJ ao TJ-BA em 9 de fevereiro. O benefício é apontado como principal causa dos supersalários no Judiciário.

Para se ter uma ideia dos valores, há motorista com rendimento de R$ 17 mil, oficial de justiça ganhando R$ 20 mil e atendente de recepção que recebeu R$ 17 mil. Um assessor jurídico embolsou R$ 48 mil. Todos referentes ao mês de janeiro deste ano. O teto do serviço público no País, que é de R$ 26.723,13, equivalente aos vencimentos de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O supervisor de expediente lotado na Comissão de Reforma Judiciária Administrativa da Comarca de Salvador tem remuneração paradigma - vencimentos básicos e vantagens permanentes - de R$ 3.839,47. Mais vantagens, o vencimento ultrapassou os R$ 52 mil em janeiro.

A recém empossada presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargadora Telma Brito, reconhece a necessidade de uma auditoria na folha de pessoal do judiciário baiano, mas pondera que não há como fazê-la de imediato. Ela afirmou que uma auditoria como esta, em uma folha com mais de 11 mil nomes, levaria pelo menos cinco meses para ser realizada.

"Segunda-feira (hoje) vou conversar com o chefe do setor de Recursos Humanos sobre este assunto porque ainda não consegui analisar com profundidade o documento que tem quase mil páginas", garantiu a presidente do TJ-BA.

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A Tarde

Saiba quem recebe supersalários no TJ-BA

O ex-superintendente do extinto Ipraj, Antonio Maia Diamantino, o assessor do gabinete do desembargador Paulo Furtado, André Luiz Amado Simões, e um engenheiro tiveram remuneração bruta superior a R$ 50 mil, cada um, na folha de pagamento de fevereiro, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Com base em documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), levantamento de A TARDE identificou os nomes de 11 servidores dos 12 maiores salários recebidos naquele mês.

Além dos três já citados, aparecem duas assessoras da desembargadora Lícia Carvalho, uma assistente social, outros três funcionários que pertenceram ao Ipraj e mais três pessoas de setores administrativos da corte.

Desde setembro de 2009, o CNJ investiga distorções na folha salarial do TJ-BA. Há uma semana, auditoria do CNJ emitiu parecer pelo fim de adicional de função a 2.346 servidores da Justiça baiana.

O parecer da auditoria do Conselho apontou indícios de favorecimento pessoal no pagamento de adicional, já que o TJ-BA não indicou ainda quais critérios usa para a concessão do benefício.

Considerada inconstitucional pela auditoria, a gratificação chega a elevar em até 150% os vencimentos básicos dos servidores agraciados. Mas, como incide em “efeito cascata” sobre outras vantagens, o resultado final eleva ainda mais a remuneração.

É o que acontece com 194 servidores cujos proventos brutos superam o teto estadual de R$ 22 mil, salário de um desembargador. Os 12 maiores salários superam os R$ 30 mil.

Confira os 12 maiores salários

R$ 52.258,16 Engenheiro da Supervisão de Acompanhamento de Obras

R$ 52.179,38 André Luiz Amado Simões, técnico administrativo

R$ 51.264,90 Antonio Maia Diamantino, ex-superintendente/ Ipraj

R$ 41.263,66 Rita de Cássia B. C. Menezes, assessora de desembargadora

R$ 38.401,57 Rosalva C. G. B. Almeida, coordenação de prepostos regionais

R$ 37.548,55 Aloísio A. Garcia, técnico supervisão de direitos e deveres

R$ 34.618,86 Regina Maria de Jesus, supervisão de cadastro e pagamento

R$ 34.203,64 Osvaldo de Araújo Júnior, técnico de supervisão de produção

R$ 33.195,05 Sífise de Fátima Moreira, assessora de desembargadora*

R$ 32.912,80 Jair Antônio Jabar, ex-assessor do Ipraj

R$ 32.412,86 Juraci Magalhães, técnico da gerência de RH

R$ 31.459,68 Angélica G. Lordelo, assistente social

* Valor referente ao salário do mês de fevereiro, mais salário de férias e mais 1/3 do salário

Fonte: Conselho Nacional de Justiça (CNJ).