Orla de Salvador 08/2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Agentes da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) já derrubaram 240 barracas localizadas nas praias de Stella Maris, Praia do Flamengo, Patamares, Pituaçu, Jardim de Alah, Praia dos Artistas, Corsário, Placafor, Barra, Ondina, Rio Vermelho e Itapuã. No início da noite desta terça-feira, 24, barraqueiros da praia de Ondina, revoltados com a demolição das estruturas, atearam fogo nos destroços que ficam à beira da Orla, informou a Superitendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador). O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas. Por conta do fogo, o tráfego de veículos está lento na Avenida Oceânica. A fumaça dificulta a visibilidade dos motoristas que usam a via, de acordo com o órgão. Os números dilvulgados pela Sucom até o momento, compreendem as ações do órgão nestas segunda, 23, e terça-feira, 24. Só hoje, a Prefeitura derrubou 138 equipamentos. De acordo com informações da assessoria de comunicação da Sucom, as estruturas de Ipitanga e da Cidade Baixa devem ser removidas nesta quarta-feira, 25.

A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, entrou com uma ação na Justiça ontem para suspender as demolições em Ipitanga, alegando que as mesmas não fazem parte da capital baiana. Para o advogado da Associação dos Donos de Barracas de Praia, João Maia, há restaurantes sendo privilegiados e os barraqueiros desrespeitados. "Se é para dem
olir, tem que ser tudo, pois tem restaurante na Praia de Patamares que fica na mesma linha das barracas e não foi demolido", afirmou.
Primeiro dia
- Na segunda, comerciantes de Patamares fecharam a rua em protesto contra a possibilidade de demolição e ameaçaram incendiar as barracas caso funcionários da prefeitura tentassem derrubar as estruturas. Apesar da ameaça, nesta manhã não houve reação por parte dos barraqueiros. A Justiça ordenou a destruição de 353 barracas na orla da capital baiana e a prefeitura tem o prazo de 12 dias para finalizar a operação. Em maio deste ano foram derrubadas 98 unidades. *Com redação de Paula Pitta e Michele Mendes | A TARDE On Line

O que diz os donos das Praias, O povo baiano:

Enaldo Souza (24/08/2010 - 14:37)

Tem mas é que derrubar a práia é um local público e, o povo não mas estava tendo o direito de ir a esse lugar pois já haviam loteado todas, e o mas grave é que boa mas muito boa parte por estrangeiros que vinham passear e viam o filão ainda existente para errequecer rápido. Muito boa a decisão deste Juiz.

Regina Célia Romani (24/08/2010 - 14:28)

Por que deixaram construir, deixaram essas pessoas gastarem suas reservas para construir e depois derrubarem. Acho que a justiça deveria também derrubar as casas, mansões que ficam na praias do nosso litoral. O limite não é de 300 m. Tem casa dentro do mar. Ora bolas!

Severiano Filho (24/08/2010 - 14:27)

e o restaurantão na praia de patamares? tá dentro do tal limite. saí ou não?

Ronin . (24/08/2010 - 14:24)

Não pode ter estabelecimentos a 30/40 metros da linha dagua das praias ? Então o restaurantes soho e outros situados na av. contorno (praticamente EM CIMA dágua) também vão ser demolidos ?

Severiano Filho (24/08/2010 - 14:22)

Dizem que propina só sai com trabalho e as construtoras querem orla limpa para implantar espigões de 20 andares.

Lauro Natalino Lustosa (24/08/2010 - 14:21)

O Clube Espanhol já foi derrubado, mais para construção de um enorme empreendimento carissimo no lugar....previlegio de pouco que irão morar ali. Democracia Anderson, são direitos e deveres iguais. Quero ver o pior prefeito de Salvador derrubar o antro de prostituição que é o antigo casquinha de siri, ou mesmo, o quiosque de janaina em Itapuã...ambos invadem a praia.

Breno Breno (24/08/2010 - 14:19)

Quero saber por que não derrubaram todas as barracas em Itapuã. Ainda tem barraca lá faturando com os clientes das que foram derrubadas.

Jacson Barbosa (24/08/2010 - 14:16)

A Prefeitura nada tem haver com a demolição, isto foi uma causa ganha do MP, que a anos vem tentando normalizar a situação na orla de salvador. O povo tem que entender que aqui na Bahia tudo é permitido, é tudo a "ovo", parece uma provincia. Se a Lei dia que não pode contruir nada no perímetro da praia que é de propriedade da Marinha, NÃO PODE MESMO!!!! se for assim, eu tb iria contruir um barraco pra mim bem de frente a praia do flamengo.

Lucia Carneiro Carneiro (24/08/2010 - 14:13)

Em algumas praias do país comerciantes de espaço chegam cedo, armam os sombreiros e os alugam para os visitantes, isto provavelmente acontecerá em Salvador.

Roberto Nunes (24/08/2010 - 14:13)

Concluindo: Deixei de ir a praia a muito tempo, pois meus filhos não tinham espaço para brincar na areia, sempre tive que disputar um espaço entre barracas e jogo de bola (Baba) agora acredito que poderei voltar a frequentar as praias da orla.

Lucia Carneiro (24/08/2010 - 14:09)

Gostaria de saber se o empreendimento da Marina vai ser demolido, se o anexo do clube espanhol negociado para riicos morarem em frente ao mar e outros nas mesmas condições terão autorização de construção negada pela Marinha, Ministério publico, prefeitura e outros? A praia vai ser loteada para os ricos? Rico pode e pobre não Sr. Prefeito?

Paulo Fernandes Cezar (24/08/2010 - 14:09)

Apesar de ter neste meio algumas pessoas sem condições mais eu sou a favor desta desocupação pois irá faltar pria do forte que os pobres ñ podem nem sentar na areia que tem ricos mandando em cada parte daquele lugar sei que irá ter mais desempregados nesta terra mais o q se a de fazer mesmo assim acredito q em Praia do forte os ricos continuarão mandando em tudo.

Roberto Nunes (24/08/2010 - 14:07)

Meu povo, se derrubar o BARRA VENTO onde é que os Juizes vão tomar sua cervejinha, comer seu peixinho frito, sentado na areia com uma caixinha de isopar do lado é que não é, irônia a parte, realmente a orla estava precisando que se tomasse uma providência e a culpa não é so da prefeitura não, pois os barraqueiros já sabiam que isto iria acantecer desde alguns anos atrás, porque que durante esse tempo tambem não procuraram outra ocupação!!

Giska L (24/08/2010 - 14:03)

o ministério público está de parabens, vamos limpar a nossa orla e dá o direito do cidadão de usufruir das nossas belas praias.

Dilson Conceição Filho (24/08/2010 - 13:55)

Meus parabens!!! Os barraqueiros achavam que eram os donos da praia. Por muitas vezes tive que consumir para não ser expulso por ocupar um espaço público nas barracas de praia. Espero que esta ação se desencadeie também pelas praias de Barra Grande na Penisula de Camamú, pois lá os franceses e espanhóis dominam todo o comércio de barraca de praia.

Pedro Brazil (24/08/2010 - 13:55)

Tamanho impacto social poderia ser eliminado se tivéssemos um Prefeito em Salvador. Como não temos, apesar de correta a medida judicial, famílias passarão necessidades em função de tamanha incompetência! Ah...não se esqueçam do Barravento, do Hotel Pestana e dos edifícios e casas na rua da Praia do Buracão do meu amado Rio Vermelho!

Dito Ditinho Ditinho (24/08/2010 - 13:53)

agora tem que botar todas no chão,em todo estado da bahia,se é lei federal então que derrubem todas as de vilas e adjacencias,praia do forte,e litoral de ponta a ponta.

Gildecy Gomes (24/08/2010 - 13:38)

A orla está linda prefeito, passou o tsunami! O sr q se diz evangelico, analise se isso é coisa de Deus desamparar tantos pais de família. Algum dia o sr. já passou necessidade? O sr. pode dizer o que fará para receber os "turistas", será q eles vão querer ir a praia sem segurança? O que o sr. vai fazer para colocar todo esse pessoal no mercado de trabalho? Me responda, os hotéis e restaurantes famosos que ficam dentro d'água do mar, serão derrubados? É para pensar, pq hipocrisia basta!

Antonio Psilva (24/08/2010 - 12:43)

O que estava acontecendo é que os proprietários de muitas barracas estavam se achando donos das praias, inclusive estipulando consumação mínima para que as pessoas usufruíssem dos espaços que, em princípio, são da população, pois a areia deve ser livre para os banhistas.

Maria Lucia Zanetti (24/08/2010 - 12:08)

Sou a favor do soterapolitanos, terem o direito de ir a praia, estender uma toalha na areia e curtirem um dia de descanso na praia que eh de todos. quem disse que barraqueiro pode encher a areia ate onde comeca o mar com mesas e cadeiras e sombrinhas? Onde se viu que uma barraca de praia ter uma area com massagem, parquinho para criancas e boutique? Na do Loro tinha. Esse negocio de emprego que davam, eh sub emprego. Sem carteira assinada, sem recolher inss e outros direitos do trabalhador.

Jô Rocha (24/08/2010 - 12:08)

... Só quero ver quando vão demolir o "barra vento" kkkk. justiça p/ pobre é fácil, estamos no Brasil mesmo. isto é uma vergonha.

Pedro Aurelio Lemos (24/08/2010 - 11:46)

A praia de Jauá-Camaçari esta ficando uma favela.É bom que a prefeitura começe a agir, antes que aconteça o que esta acontecendo em Salvador.

Anderson Cruz (24/08/2010 - 11:34)

Complementando.... Se é para liberar toda a área da Orla dentro do parâmetro dos 30 metros, tem de se fazer com todos!!! Senão, deixa de existir democracia e sim proteção aos ricos. Sei que tem barracas como a Margueritta, Louro, etc.. que gastaram muito em sua contrução mesmo que ajudadas pelas cervejarias, mas se é para fazer..... vamos fazer valer para todos!!!

Telmo Lima (24/08/2010 - 11:33)

Quanto mais antigos os barraqeiros, mais beneficiados foram por ocupar o espaço público das praias e alguns até enriqueceram. Parabens exmo. Juiz por devolver nossas as praias ao povão e não sòmente aos previlegiados clientes ricos das Barracas

Anderson Cruz (24/08/2010 - 11:31)

Sou a favor de que seja revitalizada a orla de forma bonita, que atenda as necessidades dos usuários e turistas. Na verdade estava muito feio mesmo as barracas. Se for olhar o lado de quem não tem emprego e facilitar tudo para os mesmos, só teremos problemas. Sou da seguinte opnião. Tudo que começa errado termina errado. Se o terreno é da união ´porque tem invasão!!! Assim diz o ditato: "Dê a cezar o que é de Cezar" Não fico feliz em ver pessoas desempregadas, mas isso é democracia!

Arnaldo Cohim (24/08/2010 - 11:26)

que beleza!!! salvador vai toda para o chão!! construções a beira mar existem desde o suburbio ferroviario ate lauro de freitas. sem falar as invasões dos morro, que logo logo coloca-se energia!! quanta coerencia, quanta honestidade, quanto tudo...

Edmário Cruz Da Siilva (24/08/2010 - 10:47)

Será que a "justiça" vai derrubar, também o Yatch Clube, o Clube Espanhol e o Barra Vento? De acordo com a lei, eles também são infratores. E aí senhor prefeito?

Marcelo Nogueira (24/08/2010 - 10:40)

Concordo sem Barracas na Praia! Agora poderei ir com minha familha levar minha cadeira, sombreiro, minha caixinha de cerveja, refrigerante, jogar bola com meu filho onde não terá mas mesas , cadeiras para atrapalhar! Uma Praia Limpa ..democrática para todos! Discordo: a maneira como foi feito! A prefeitura copie o modelo com é feito nas areias da praia de boa viagem em Recife..onde os ambulantes são credenciados para vender cervejas em isopores e cadeiras de praia e sombreiros para os banhistas

Carolina M. (24/08/2010 - 10:30)

Incrível a inanição do população diante desta violência a cultura de Salvador. Cadê Caetano, para defender a Barraca de Aloízio, na praia dos Artistas? Cadê as bandas maiores e menores, que faziam a festa na barracas e os "praieiros" que exibiam corpos sarados e biquinis e sungas da moda, esticados nas cangas e cadeiras, tomando sol, cerveja gelada e degustando de um peixe frito que só é bom na praia? Para isso ninguém se manifesta. O povo que fique sem trabalho, sem lazer. E vc, vota em quem?

Eduardo Simões (24/08/2010 - 09:48)

Me respondam:30 metrôs? E porque o mesmo juiz que mandou derrubar as barracas e a juiza que não autorizou uma nova medição não mandaram derrubar o Barra Vento? Que eu saiba a lei diz qualquer construção e não apenas barracas. Tipico de povinho,ficar acatando o que o governo e a justiça dizem e atacando os mais humildes sem se dar conta do jogo de interesses que se esconde por trás de todas as ações nessa cidade. Cidade feia? Feio foi ver a Paralela inteira ser desmatada e ninguém embargar.

Propaganda eleitoral custará R$ 851 mi a cofres públicos

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A propaganda eleitoral gratuita custará aos cofres públicos aproximadamente R$ 851 milhões. O valor equivale à isenção dada pela Receita Federal às emissoras de rádio e de TV como uma forma de compensação pelo tempo reservado nas grades de programação para a veiculação da propaganda dos partidos e dos candidatos neste ano.

Na última campanha presidencial, em 2006, a Receita deixou de cobrar das emissoras R$ 228,6 milhões. No ano passado, quando ainda não havia propaganda eleitoral, apenas publicidade partidária, a isenção passou de R$ 669 milhões.

O cálculo desse valor leva em consideração quanto as emissoras ganhariam se vendessem o tempo reservado à propaganda eleitoral para veicular comerciais. A Receita permite que as empresas deduzam do imposto de renda o equivalente a 80% do que receberiam se vendessem esse tempo para comercial de produtos e serviços. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desvio de dinheiro público faz com quê haja uma manutenção precária e o sucateiamento de equipamentos públicos da capital

domingo, 1 de agosto de 2010

Salvador, uma das cidades sede da Copa de 2014, está longe de tornar-se uma metrópole com os requisitos exigidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Dos serviços mais simples, como a manutenção de relógios públicos, aos mais complexos, como a implantação de um metrô e a construção de um estádio de futebol, o poder público ainda tem grandes desafios para acabar com a fama de cidade “bonita, mas provinciana”, disseminada entre muitos turistas.

A equipe de A TARDE listou seis serviços públicos que funcionam em situação precária, ou simplesmente não funcionam: relógios, estações de ônibus, planos inclinados, banheiros públicos, módulos policiais e travessias marítimas.

Tido como monumento em guias turísticos, o Relógio de São Pedro, trazido da França em novembro de 1916, passa despercebido aos olhos de quem transita na movimentada Avenida 7 de Setembro. “Ele sequer funciona. Vive doidinho. "Nunca está na hora certa”, afirma a baiana de acarajé Elisiana Brito dos Santos, com ponto no local.

O Plano Inclinado Liberdade-Calçada, de tamanha utilidade para moradores, está sem funcionar há pelo menos dois meses. “Eles vão maquiar a cidade só para turista ver?”, questiona a cabeleireira Carmen Bezerra, 50 anos.

A Estação da Lapa, por onde passam diariamente cerca de 500 mil pessoas, continua com três escadas rolantes desativadas há meses. Idosos, gestantes e pessoas com deficiência precisam enfrentar filas para utilizar a única que funciona. “Eu só passo por aqui em último caso”, afirma a professora Nilma da Silva.

Ainda na Lapa, banheiros que foram construídos há mais de um ano permanecem desativados. “Falta gente para trabalhar aqui na Lapa. E os poucos funcionários que existem precisam conviver com a insegurança e o medo”, comenta um supervisor, que não quis ser identificado. Ele lembra, no entanto, que uma das maiores dificuldades do cidadão é encontrar um banheiro na rua.

Conforme a Limpurb, existem na capital apenas 64 banheiros públicos. Vinte deles no Centro Histórico e os outros distribuídos pelo Mercado Modelo, Codeba, Feira de São Joaquim, Largo do Bonfim, Ponta do Humaitá, Mercado do Ouro, ferryboat, Barris e estação de transbordo.

“Existe uma grande incerteza se chegaremos lá. Ainda não foi a público um documento com tudo que é necessário para a cidade atender à Copa”, afirma o arquiteto e urbanista Armando Branco.

Além dos quesitos de infraestrutura, a área de entretenimento cultural, turismo e hotelaria também deixa a desejar. Orlas repletas de lojas comerciais passam as noites vazias e sem movimento. “Essa parte do dia a dia da cidade qualquer turista quer ver. Que incentivos os órgãos de turismo estão discutindo?”, questiona Branco.

Sem prazos - A Transalvador, órgão municipal responsável pela Estação da Lapa, informa que o processo licitatório para a manutenção das escadas rolantes da Lapa foi realizado, mas “não apareceu nenhum concorrente que atendesse às especificações do edital”.

Segundo o órgão, o prazo para a manutenção dos equipamentos ocorrerá somente com a finalização do novo processo de licitação e ficará a cargo da empresa vencedora, que definirá a data do conserto do equipamento.

Sobre o Plano Inclinado Liberdade-Calçada (Pilc), o órgão disse que a desativação ocorreu em 9 de julho e que o equipamento “só voltará a operar normalmente após receber a visita da empresa, com sede em São Paulo, selecionada para a manutenção”.

Desativados e sem uso público

Banheiros - Existem apenas 64 banheiros públicos em Salvador e 20 privados. Cerca de 1.500 químicos estão no pátio da Limpurb depredados.

Plano Inclinado Liberdade-Calçada - Há dois meses em manutenção. Moradores sobem escadas ou esperam ônibus lotados.

Relógio de São Pedro - Funciona desajustado, conforme obervação de quem transita pela Avenida Sete de Setembro.

Módulos policiais - Dos 90 módulos existentes, apenas 26 funcionam. O restante está desativado, segundo a PM.

Deputados estaduais tiveram aumento de 84,8% no patrimônio pessoal

O patrimônio de 47 deputados estaduais baianos praticamente dobrou entre 2006 e 2010, período no qual exerceram o atual mandato. Esses parlamentares ficaram 84,8% mais ricos, aumentando sua declaração de bens de R$ 28,9 milhões para R$ 53,4 milhões. O valor é bem superior à inflação acumulada do período, de 22%.

Os dados são de levantamento feito pela reportagem de A TARDE por meio das declarações de bens entregues pelos parlamentares à Justiça Eleitoral. Dos 63 membros da Assembleia Legislativa, quatro foram excluídos do levantamento porque não são candidatos neste ano e, portanto, não declararam seus patrimônios ao Tribunal Regional Eleitoral. São Eliedson Ferreira (DEM), Emério Resedá (PDT), Fábio Santana (PRP) e Ivo de Assis (PR). Outros dez tiveram redução em seus patrimônios e dois não tiveram alteração.

Economia - Fora os benefícios para exercer o mandato, o salário líquido de um integrante da Assembleia é cerca de R$ 9 mil. Caso não gastassem esse dinheiro com nada, os deputados poderiam economizar R$ 432 mil em quatro anos ocupando o cargo.

Esse valor todo, aplicado na poupança durante o período, chegaria a cerca de R$ 550 mil. Na Bolsa de Valores, aplicação de risco com maiores possibilidades de rendimento, poderia atingir um valor em torno de R$ 1 milhão. Há, entretanto, casos de parlamentares que aumentaram em muito mais que isso seus patrimônios, de acordo com os dados declarados por eles próprios.

O único que alcançou um aumento acima da casa dos R$ 2 milhões foi o deputado Fernando Torres (DEM), natural de Feira de Santana. Em 2006, ele tinha R$ 521 mil em bens, mas neste ano já registra um valor de R$ 2,6 milhões em seu patrimônio (R$ 2,1 milhões a mais).

Em termos percentuais, o crescimento é de 415%. No período, ele adquiriu apartamento em Alphaville (R$ 300 mil), dois veículos (um Citroen C4 de R$ 72 mil e um Polo sedã de R$ 34 mil), um terreno na Fazenda Marquise, em Feira de Santana (R$ 722 mil), e ainda registrou um total de R$ 422 mil de dinheiro em mãos.

Em primeiro mandato na Assembleia, Torres já concorre neste ano a deputado federal. “Tenho postos de gasolina e fazendas de pecuária. Graças a Deus, ganhei um dinheiro com isso”, explicou.

Crescimento - Depois dele, quem mais enriqueceu foi Jurandy Oliveira (PRP), no quinto mandato de deputado estadual e candidato à reeleição. Seu patrimônio saltou de R$ 781 mil para R$ 2,1 milhões em quatro anos (variação de 179%).

Desse crescimento, no entanto, R$ 400 mil se devem a um erro no registro de um apartamento em 2006, que foi declarado sob o valor de R$ 400, mas corrigido para R$ 400 mil em 2010. O resto foram novas aquisições: um apartamento no Itaigara de R$ 490 mil, uma fazenda de R$ 160 mil em Ipirá, 380 cabeças de gado, totalizando R$ 220 mil. Ele é natural do município de Ipirá, a 204 km de Salvador, mas também possui fazendas em outras cidades.

Em terceiro lugar aparece o próprio presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), que aumentou em R$ 1,3 milhão sua declaração de bens. Em 2006, ele possuía patrimônio de R$ 895 mil, mas neste ano registrou R$ 2,2 milhões (155% a mais).

Investidor do setor imobiliário, Nilo comprou um apartamento de R$ 150 mil no Caminho das Árvores, uma sala comercial na Av. Paralela de R$ 69 mil, outro apartamento de R$ 568 mil em Brotas, além de uma casa de praia no valor de R$ 60 mil. Ele possui ainda outros três apartamentos, mais uma sala comercial e um village em Guarajuba, Camaçari.

Fonte: A Tarde