quinta-feira, 16 de julho de 2009
Resíduos (LIXO) foram adquiridos por cinco empresas brasileiras, entre elas, uma de Bento GonçalvesToneladas de lixo doméstico estão depositadas ao ar livre no porto seco de Caxias do Sul desde meados de abril.O material, que estava dentro de oito contêineres, teria sido importado irregularmente por cinco empresas brasileiras, incluindo uma de Bento Gonçalves, e faria parte do mesmo lote que chegou ao porto de Rio Grande entre fevereiro e o final de maio, vindo do porto de Felixtowe, na Inglaterra.As autoridades não divulgaram o nome das importadoras envolvidas e também não sabem o motivo do lixo ter sido enviado ao Brasil.A Receita Federal acredita que o produto tenha sido importado de forma fraudulenta da Europa, por meio de notas fiscais que o identificavam como polímeros de etileno para reciclagem.O delegado da Receita em Caxias, Wesley Gonçalves, afirma que o órgão está fazendo investigações internas para decidir as medidas a tomar. Em Rio Grande, a Receita, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério Público Federal e a Agência Nacional de Vigilância Ambiental (Anvisa) trabalham para solucionar o caso e obrigar os importadores a devolver o produto à Inglaterra. Além disso, as investigações devem apontar qual o motivo da vinda do lixo ao país e se as importadoras recebiam algum benefício na transação.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, fiscais da Receita Federal encontraram 750 toneladas de lixo no Porto de Rio Grande. O material também foi trazido por navios da Inglaterra e teria sido enviado no lugar de produtos importados por uma empresa gaúcha. Dentro dos contêineres trazidos ao Brasil pelos ingleses estavam toneladas de plástico, papel e vidro, além de seringas e preservativos. Um dos reservatórios levava brinquedos, com bilhetes informando: “Entregue estes brinquedos para as crianças pobres do Brasil. Lavar antes de usar”.
As recomendações terão como base a Convenção de Basileia, da qual tanto o Brasil como o Reino Unido são signatários e que desde 1992 regulamenta a movimentação de resíduos perigosos através de fronteiras.
O presidente do Ibama prometeu, além disso, aumentar o rigor na fiscalização dos carregamentos e criticou as empresas envolvidas na irregularidade, cujos nomes permanecem sob sigilo.
"Isso não é empresa, é um bando de urubu", afirmou.
O Ibama chegou a multar as empresas que importaram e transportaram o material.
Messias afirmou estar consultando o Ministério das Relações Exteriores sobre que medidas podem ser tomadas contra a empresa inglesa que exportou o material ao Brasil.
CARGAS INGLESAS
O presidente do Ibama disse que não há motivos para discriminar as cargas vindas da Inglaterra a partir de agora, mas demonstrou desapontamento com os britânicos.
"Temos que averiguar todas as hipóteses, porque esse tipo de carga pode vir de qualquer país. Mas o que a gente acha é que é uma vergonha que essa carga venha da Inglaterra."
O auditor Rolf Abel, chefe substituto da seção de Vigilância e Controle Aduaneiro da Receita Federal no porto de Rio Grande, tem uma opinião parecida.
"Não diria que todo contêiner que vem da Inglaterra é lixo. Mas pelo menos aqueles que chegarem com essa descrição (polímero de etileno para reciclagem) com certeza terão um tratamento mais rigoroso a partir de agora."
Em nota, a embaixada britânica se disse contrária ao comércio ilegal de lixo e informou que adotará medidas imediatas caso se comprove o delito.
"Caso seja comprovado que uma empresa violou os controles rigorosos na exportação de lixo estabelecidos na Convenção de Basileia, ratificada pelo Reino Unido, as autoridades britânicas não hesitarão em agir", informou a nota.
"O Reino Unido é um dos países líderes na proteção do meio ambiente e da saúde humana, e fará todo o possível para eliminar o comércio ilegal de lixo", afirmou a embaixada. (PIADA!!!)
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