segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Parte da carga de lixo que chegou ao Brasil entre fevereiro e março deste ano de modo irregular começou a ser reconduzida à Inglaterra, país de origem, na tarde deste sábado. Em Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul, 40 contêineres foram embarcados no navio MSC Oriane de bandeira panamenha, vindo de Buenos Aires. Do sul o navio segue para o Porto de Santos onde recolhe outros 41 contêineres e parte para o Porto de Felixstowe, no leste do país inglês.
O procedimento no Terminal de Contêineres (Tecon) da cidade gaúcha foi acompanhado pelo ministro do Meio Ambiente Carlos Minc. Após reunião de trabalho a portas fechadas com deputados, autoridades municipais e representantes da Superintendência do Porto de Rio Grande, Minc vai propor um reforço no controle do translado de cargas marítimas.
"Nesta terça-feira faremos uma reunião com vários ministérios para apurarmos o sistema de contêineres, identificarmos e suspendermos as vulnerabilidades de modo que situações como essas não ocorram mais", disse o ministro, enfatizando a necessidade de mudança na legislação.
"Vamos propor uma nova estrutura. Ampliar a eficácia e o controle dos portos, montando um Grupo de Ação Federal que possa contar com, além das autoridades portuárias, o Ibama e a Anvisa", disse Minc.
Outros oito contêineres pertencentes à mesma carga ainda estão em Caxias do Sul, na serra gaúcha. Eles foram abertos e os resíduos precisam ser conteinerizados e remetidos ao Porto de Rio Grande para seguirem a destinação de origem.
Ao todo foram cerca de 900 t de lixo enviadas ao Rio Grande do Sul supostamente identificadas como polímero de etileno plástico para reciclagem. Entre os resíduos estão restos de banheiros químicos, seringas, fraldas, pilhas e preservativos usados.
Segundo a assessoria do porto de Rio Grande, a embarcação, procedente da Argentina, realiza escala em Rio Grande e deve parar em Santos, onde deverá recolher outros 41 contêineres com lixo.
Segundo Lula, a saída será mandar os dejetos de volta para a Inglaterra, de onde vieram cerca de 1.600 toneladas de lixo, incluindo seringas, camisinhas, fraldas usadas, banheiros químicos, entre outros produtos.
"Só temos uma saída, que é devolver os contêineres para onde vieram. Não queremos exportar nosso lixo e não vamos importar lixo dos outros."
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