Chuvas apontam o estado dos serviços básicos de manutenção em Salvador

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Após três dias com ocorrências de chuvas e ventos fortes, Salvador viveu um 5 de maio que entra para a sua história como um dia de mortes, perdas materiais e caos urbano. Além do que já vinha ocorrendo nos últimos dias – deslizamentos de terra, quedas de árvores e congestionamentos – a cidade experimentou nesta terça um clima de caos, com alagamentos nas principais ruas e avenidas, culminando com o soterramento de três homens, em Pirajá, e mãe e filha levadas pela força da enxurrada.
Os problemas atingem gravemente pelo menos mais duas cidades da região metropolitana e, ao constatar os estragos, após voo num helicópetro, o governador Jaques Wagner decretou, nesta terça à noite, estado de emergência em Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho. Wagner disse que colocará a estrutura do Estado à disposição dos municípios, mas adiantou que recursos dependem de posição do governo federal. Nem o prédio de estrutura metálica que abriga a Prefeitura de Salvador, na Praça Thomé de Souza, escapou: foi parcialmente interditado, depois de ser invadido pelas águas da chuva. Estar debaixo de um teto ou dentro de carros não era garantia de segurança: no 3º piso do Shopping Iguatemi, entrada do Restaurante Outback, o forro de gesso foi levado por enxurrada (a casa ainda não estava aberta, mas a quantidade de água assustou os empregados), veículos quebravam em rios formados nas ruas e avenidas. Para piorar, pessoas foram saqueadas enquanto estavam paradas nos congestionamentos.
No interior, mais estragos. No oeste, a economia enfrenta problemas, com cerca de seis mil carretas impedidas de escoar a produção agrícola. Juazeiro também está em estado de alerta. As chuvas atingiram 190 municípios brasileiros e obrigaram cerca de 180 mil pessoas a abandonarem suas casas em oito estados do Norte e Nordeste do País.

Chuva deve continuar na capital nesta quarta-feira

Os moradores de Salvador devem se preparar para enfrentar mais chuva. Segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vai continuar chovendo na capital pelo menos até a meia-noite desta quarta-feira (6).

De segunda (4) para terça (5), quando a chuva ficou mais intensa, o órgão registrou 60,3 milímetros. De acordo com o Inmet, historicamente, maio é o mês que mais chove na capital baiana. A média normal é de aproximadamente 325 milímetros. Mas, só primeiros cinco dias, já choveu em torno de 112 milímetros, 35% do valor médio.

Entre os principais registros estão: 17 alagamentos de áreas, 261 deslizamentos de terra, 43 ameaças de deslizamentos, 28 desabamentos de imóveis, 23 desabamentos de muros e 14 árvores caídas.

Fontes: A tarde On-line, Correio da Bahia

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