Tecnologia em favor da sustentabilidade, MDI

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pagar menos de R$2,00 para andar centenas de quilômetros com um carro movido a... ar? Ligar o escapamento no ar-condicionado? Usar óleo de cozinha para a manutenção? E ter um carro produzido com fibras compostas em fábricas de pequena escala, desafiando as grandes montadoras, para não falar das monstruosas empresas petrolíferas?
O sonho do carro a ar é infelizmente bom demais para ser verdade, e os mais atentos devem se lembrar que há quase dez anos a empresa MDI do francês Guy Nègre ganhou alguma atenção no Brasil ao anunciar a criação de fábricas por aqui. Os primeiros carros a ar deveriam estar sendo vendidos no Brasil desde 2003, mas as promessas ficaram no ar. O mesmo ocorre em todas as dezenas de países que anunciam o início da fabricação de carros MDI "em breve". Teriam as empresas petrolíferas conseguido acabar com mais esta revolução ecológica?
A resposta que pode surpreender é, de pronto, que o carro a ar não é ecológico. É preciso comprimir o ar, e nenhuma inovação é sugerida pela MDI para que isto seja mais eficiente ou mesmo não-poluente. De fato, como Miguel Celades Rex, diretor da MDI para América Latina e Península Ibérica, declarou em 2001, "para comprimir o ar, é preciso eletricidade, e boa parte dela, ao menos aqui no Brasil vem de usinas hidroelétricas, Usinas Termoelétricas a Gás natural de petróleo (bem menos poluente), Usinas Termoelétricas a biogás (Pesquisar Solvi Valorização Energética - Termoverde Salvador), ou ainda fontes Eólicas, Fontes mecânicas de geração de torque etc..



É bom lembrar que fontes de prestígio jornalisticos como a CNN, CBS, a Time e outras já noticiaram e testaram o veículo, eque licensas de produção já foram comercializadas em muitos países por milionários exóticos e desconhecidos que, embora paguem fortunas para ter a licença de fabricação (no Brasil foi 25 milhões de dolares), nunca produzem. Estranho?
Veja um trecho de notícias do site: http://www.revistameioambiente.com.br/2008/06/10/carro-a-ar-comprimido-atrai-600-pessoas-em-sao-paulo-e-mdi-fecha-contrato-de-25-milhoes-de-dolares/

O empresário espanhol Martin Vuezas, que está construindo três fábricas licenciadas dos carros movidos a ar comprimido em Portugal, arrematou três das sete unidades a serem construídas no Brasil por 25 milhões de dólares
A indústria francesa Motor Develompent International, MDI, anunciou no dia 26 de outubro, que três das sete licenças de fabricação dos veículos movidos a ar comprimido, no Brasil, foram compradas pelo mesmo grupo empresarial que está
construindo as fábricas de Portugal.
O anúncio foi feito durante a apresentação do projeto no Hotel Sheraton Mofarrej, na cidade de São Paulo, na presença cerca de 600 pessoas entre empresários, engenheiros, futuros consumidores e jornalistas.
O Instituto de Tecnologia Mauá, que produz testes de automóveis com a Folha de S. Paulo, ofereceu publicamente os testes quando os veículos forem enviados ao país.
Durante o evento a diretoria da MDI apresentou programas de televisão feitos sobre o carro movido a ar em diversas emissoras, incluindo a ABC News, a CBS, diversos programas europeus e várias reportagens em revistas, incluindo a Time e a Wired e uma mensagem do inventor do motor a ar comprimido.
FÁBRICAS NO BRASIL: 3 JÁ FORAM VENDIDAS
São Paulo tinha três licenças industriais para instalação de pequenas montadoras cobrindo todo o Estado, cada uma exigindo um investimento mínimo de 8 milhões de dólares. As três licenças foram compradas pela VMA Portugal (Veículos Movidos a Ar), pertencente ao empresário espanhol Martin Vuezas. A empresa está procurando novos sócios para Porto Alegre, Rio de Janeiro, Brasília e Recife.
Além das fábricas, a MDI busca fornecedores de materiais e serviços, postos de abastecimento (de tanques de ar, naturalmente), manutenção… que serão usados no Brasil. Considerando a base instalada de fábricas brasileiras voltadas a indústria automotiva isso não deverá ser problema.

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