Reunião para tentar amenizar congestionamentos nas capitais da America Latina

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mais de 50 prefeitos das maiores cidades da América Latina estão reunidos no Rio de Janeiro, discutindo soluções para o trânsito. A previsão é que, em 2030, 2 bilhões de veículos estejam circulando no mundo.

E o repórter Paulo Renato Soares mostra quais são os impactos dos congestionamentos no meio ambiente.

A fumaça que sai dos escapamentos é responsável por 40% da poluição nas duas maiores cidades do país. E mais: o transporte, sozinho, já representa 9% das emissões de gases do efeito estufa.

O grande problema é que são carros demais com pouca gente dentro. Na média, não dá nem duas pessoas em cada veículo.

E nas cidades com até 1 milhão de habitantes, automóveis e motos são o meio de transporte mais usado. Nas grandes metrópoles ficam em segundo. Perdem por pouco para o transporte coletivo.

Segundo o Centro de Transporte Sustentável-Brasil, carros que ocupam uma faixa numa via urbana conseguem levar 1,5 mil pessoas por hora. Ônibus, no mesmo espaço, levam 10 vezes mais: 15 mil passageiros por hora.

Se ainda não há uma alternativa eficiente para diminuir o número de carros nas ruas, no mínimo, é preciso reduzir o impacto ambiental que eles causam. Mas, apesar de o Código Brasileiro de Trânsito determinar a vistoria ambiental desde 1998, hoje, apenas o estado do Rio de Janeiro e a cidade de São Paulo fazem os testes de emissão de poluentes. E mesmo assim só em parte da frota.

Com a ajuda de computadores, técnicos inspecionam os motores par avaliar o nível de poluição. Os reprovados têm 30 dias para resolver o problema e passar por nova vistoria.

A partir do que vem, o Conselho nacional do Meio Ambiente vai começar um processo para que outros estados adotem a vistoria ambiental. Até lá, o motorista também pode ajudar. “Fazendo manutenção preventiva, nós aumentamos a vida útil do motor e deixamos de poluir o meio ambiente e, assim, a nossa saúde agradece”, disse o técnico do Instituto Estadual do Ambiente do Rio, Adilson Penha.

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