União Européia oferece ao Brasil acordo imoral a etanol na OMC

sábado, 26 de julho de 2008

Como reflexo das dificuldades das discussões, a União Européia (UE) informou ter oferecido ao Brasil cota para a exportação de etanol, de 1,4 milhão de toneladas por ano até 2020, para tentar um acordo na Rodada Doha. Segundo Bruxelas, o produto entraria com tarifa abaixo de 10% e a oferta significaria comércio de US$ 1,6 bilhão. Mandelson contou que ele e a comissária européia de Agricultura, Marian Fischer-Boel, deixaram claro que estavam prontos a explorar um acordo que poderia dar novo acesso significativo e de valor para as exportações de bioetanol brasileiro na UE, desde que houvesse reciprocidade com maior acesso para os exportadores europeus no mercado brasileiro. A UE espera que grandes economias emergentes, como o Brasil, se abram mais a produtos industriais.
Essa mesmo fonte confirmou que o Brasil não mostrou entusiasmo com a oferta, (Graças a Deus!!) citando como exemplo o consumo americano, que é de 13 bilhões de toneladas de biocombustível por ano.
Brasil não aceita etanol como moeda de troca.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, avisou a representante comercial americana Susan Schwab que o Brasil não aceitará que o etanol seja o único produto excluído de liberalização em Doha. Pelo menos no começo da semana, a reação americana continuou dura.
Washington não queria negociar a taxa de US$ 0,54 por galão importado e tampouco apontou alguma tentativa de solução. Os EUA alegam que os US$ 0,54 não são tarifa e sim outras taxas e, portanto, não teria porque ser negociada na OMC. Para o Brasil, porém, a exclusão do etanol da liberalização global é politicamente inaceitável.
O ministro do Comércio e Indústria do Egito, Rachid Mohamed Rachid, atacou os subsídios dos países ricos a produção de biocombustíveis, dando como exemplo da desigualdade no comércio internacional.
Os países desenvolvidos gastaram US$ 15 bilhões em ajuda a seus produtores de biocombustíveis no ano passado, ao mesmo tempo que mantiveram altas barreiras contra o produto mais competitivo do Brasil.

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