LIxão na Bahia é coisa do século XXI.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Catadores e urubus disputam o lixo em um local onde deveria funcionar um aterro sanitário em Barreiras (BA). Os animais querem os restos de comida e os trabalhadores buscam o material que pode ser reciclado.
Sem luvas e sem as mínimas condições de trabalho, os catadores se arriscam em meio ao lixo hospitalar, que está misturado ao lixo comum. Seringas e outros materiais também são facilmente encontrados no local.


O trabalhador Antônio de Souza já sofreu ao mexer por engano no lixo hospitalar. “Quando a agulha entrou na minha mão, dois dedos meus ficaram parecendo duas bombas”.
Além disso, as tubulações para que o gás Metano, que sai do lixo, tenha vazão não existe. “O chorume é altamente tóxico. Tem um potencial muito grande para transmissão de doenças”, explica a gestora ambiental Luciana Moraes. No total, 39 pessoas trabalham separando o lixo no local. Elas são obrigadas a dormir no próprio lixão e só voltam para casa a cada quinze dias. “A gente é obrigado a dormir aqui porque não tem o transporte para ir embora”, revela Antônio da Silva. Outro lado
Segundo o secretário da Infraestrutura de Barreiras, José Alves, a prefeitura está fazendo um estudo para a mudança do local do aterro sanitário e a possível instalação de uma usina de beneficiamento e reciclagem do lixo. Com relação ao material de segurança como luvas e máscaras, o secretário informou que eles são fornecidos, mas que há dificuldade para que os catadores utilizem esse material.

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